quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


O mérito do maçon:

recuar perante a ilegalidade do seu decreto


L. Lemos

Francisco Sarsfield Cabral é um dos que aparece aí a elogiar Almeida Santos, isto é, a escrever a história recente de Portugal à sua maneira. Escreve ele (http://rr.sapo.pt/artigo/44679/almeida_santos_e_a_rr):


ALMEIDA SANTOS E A RR

Francisco Sarsfield Cabral RR 20 Jan, 2016

Vale a pena recordar a intervenção de Almeida Santos no final de 1975 para entregar a RR à sua legítima proprietária, a Igreja Católica, após a ocupação por elementos de extrema-esquerda.

Ao longo dos 40 anos de democracia representativa em Portugal, o Dr. Almeida Santos teve um papel importante, embora muitas vezes pouco conhecido.

Vale a pena recordar a intervenção de Almeida Santos, no final de 1975, para entregar a RR à sua legítima proprietária, a Igreja Católica, após a ocupação por elementos de extrema-esquerda. O episódio é relatado no volume I do livro do Eng. Fernando Magalhães Crespo Os Meus 31 Anos na Rádio Renascença (Ed. Principia).

O Dr. Almeida Santos, então ministro da Comunicação Social, convocou o Conselho de Gerência da RR para uma reunião, quatro dias após o 25 de Novembro de 1975. Aí, o ministro comunicou a dois gestores da RR, o Eng. Magalhães Crespo e o Dr. Torgal Ferreira, a decisão do Governo de nacionalizar todas as rádios privadas. Ora, estes gestores fizeram ver ao Dr. Almeida Santos que, no caso da RR, a nacionalização iria contra a Concordata com a Santa Sé, além de outras objecções.

Almeida Santos compreendeu os argumentos dos gestores da RR. E introduziu uma ressalva para a RR na lei que já estava redigida e foi aprovada em Conselho de Ministros, três dias depois. Inteligência e capacidade de decisão.

Com o seu Grão-Mestre.
A cruz como cenário.

Daqui se conclui que o grande mérito de Almeida Santos foi recuar no seu desejo afonsino costista de calar a RR, pois, se o fizesse, estaria a violar um tratado internacional.

Estes católicos da capela do Rato são o máximo!

Independentemente de Almeida Santos ser uma pessoa cordial — que reconheço —, era um maçon anti-Igreja, como se vê pela sua pretensão.  Agia como tal, desempenhando o papel que a doutrina maçónica recomenda.

Eu gostaria de ver, a propósito da morte de Almeida Santos, da parte da Igreja, uma clarificação da questão maçónica (desde que não seja o bispo Carlos Azevedo a redigir a clarificação...). Mas ainda está a tempo...





terça-feira, 26 de janeiro de 2016


A guerra secreta de Pio XII contra Hitler


George J. Marlin
Há muitos anos – pelo menos desde o teatro de 1963 de Rolf Hochhuth «O Deputado – que o mundo tem aturado a conversa de que Pio XII foi o «Papa de Hitler». Há décadas que pessoas bem informadas suspeitam que isso se trata de uma distorção deliberada, mas agora temos a certeza, sem margem para dúvidas, de que tais acusações não só estavam erradas como são precisamente o oposto da verdade.

Quando o Cardeal Eugenio Pacelli se tornou Pio XII, em 1939, o chefe das SS, Heinrich Himmler, ordenou a Albert Hartl, um padre laicizado, que preparasse um dossier sobre o novo Papa. Hartl documentou como Pacelli tinha usado a Concordata que tinha negociado com o Governo de Hitler em 1933 de forma vantajosa para a Igreja, fazendo pelo menos 55 queixas formais por violações da mesma.

Pacelli também acusou o Estado nazi de conspirar para exterminar a Igreja e «convocou todo o mundo para lutar contra o Reich». Pior, pregava a igualdade racial, condenava a «superstição do sangue e da raça» e rejeitou o anti-semitismo. Citando um oficial das SS, Hartl concluiu a sua análise dizendo «a questão não é saber se o novo Papa vai lutar contra Hitler, mas sim como».

Entretanto, Pio XII estava a reunir-se com cardeais alemães e a discutir o problema de Hitler. As transcrições mostram que ele se queixou que «os Nazis tinham frustrado os ensinamentos da Igreja, banido as suas organizações, censurado a sua imprensa, fechado os seminários, confiscado as suas propriedades, despedido os professores e fechado as escolas». Citou um oficial nazi que gabou que «depois de derrotar o bolchevismo e o judaísmo, a Igreja Católica será o único inimigo restante».

O Cardeal Michael von Faulhaber, de Munique, retorquiu que os problemas tinham começado depois da encíclica de 1937 «Com Grande Ansiedade» (Mit Brennender Sorge, publicada em alemão e não em latim). O texto, escrito em parte por Pacelli antes de este se ter tornado Papa, enfureceu o Hitler. O Papa disse a Faulhaber, «a questão alemã é a mais importante para mim. O seu tratamento está reservado directamente para mim… Não podemos abdicar dos nossos princípios… Quando tivermos tentado tudo, e ainda assim eles quiserem absolutamente a guerra, lutaremos… Se eles recusarem, então teremos de lutar».

Faulhaber recomendou «intercessão de bastidores». Propôs que os bispos alemães encontrassem «uma forma de fazer chegar a Sua Santidade informação precisa e actualizada.» O Cardeal Adolf Bertram acrescentou que «é preciso fazê-lo de forma clandestina. Quando São Paulo se fez descer num cesto das muralhas de Damasco, também não contava com a autorização da polícia local». O Papa concordou.

Assim nasceu o plano para construir uma rede de espionagem que apoiaria, entre outras coisas, planos para assassinar Hitler.

No seu interessantíssimo livro «Church of Spies: The Pope’s Secret War Against Hitler», Mark Riebling recorre a documentos do Vaticano e actas secretas acabadas de divulgar que descrevem detalhadamente as tácticas clandestinas usadas por Pio XII para tentar derrubar o regime nazi.

Depois de Hitler ter invadido a Polónia em 1939 o Papa reagiu aos relatos de atrocidades contra judeus e católicos. A sua encíclica «Summi Pontificatus» rejeitou o racismo, dizendo que a raça humana está unificada em Deus. E condenou também os ataques ao judaísmo.

O Papa foi amplamente louvado por isto – um título do New York Times dizia «Papa condena ditadores, violações de tratados, racismo» – mas ele próprio sentia que era pouco.

Convencido de que o regime nazi cumpria os requisitos para justificar o tiranicídio, conforme os ensinamentos da Igreja, Pio XII permitiu aos jesuítas e aos dominicanos, que respondiam directamente a ele, que colaborassem com acções clandestinas. O seu principal agente – a quem os nazis se referiam como «o melhor agente dos serviços de informação do Vaticano» – era um tal Josef Muller, advogado e herói da Primeira Guerra Mundial.

Muller organizou uma rede de «amigos das forças armadas, escola e faculdade, com acesso a oficiais nazis e que trabalhavam em jornais, bancos e até mesmo nas SS». Eles forneciam o Vaticano com informação vital, incluindo planos de batalha que eram depois passados aos aliados. Em 1942 Muller conseguiu introduzir Dietrich Bonhoeffer no Vaticano para planear uma estratégia cujo objectivo era «fazer as pontes entre grupos de diferentes religiões, para que os cristãos pudessem coordenar a sua luta contra Hitler».

As tentativas de assassinato de Hitler falharam todas, devido ao que Muller apelidou de «sorte do diabo». Mas em relação a estes planos, Riebling comenta: «Todos os caminhos vão de facto dar a Roma, a uma secretária com um simples crucifixo, com vista sobre as fontes da Praça de São Pedro».

Depois do falhanço do plano Valquíria a Gestapo prendeu Muller. Descobriram uma nota escrita em papel timbrado do Vaticano por um dos assistentes de topo do Papa, o padre Leiber, que dizia que «Pio XII garante uma paz justa em troca da ‘eliminação de Hitler’».

Muller foi enviado para Buchenwald. No dia 4 de Abril de 1945, juntamente com Bonhoeffer, foi transferido para Flossenburg. Depois de um julgamento fantoche foram condenados à morte.

Bonhoeffer foi imediatamente executado. Mas temendo a aproximação de forças americanas, as SS transferiram Muller e outros reclusos para Dachau, depois para a Áustria e, finalmente, para o Norte de Itália. Foram então libertados pelo 15.º Exército dos EUA.

Agentes dos serviços de informação dos EUA levaram Muller para o Vaticano. Quando o viu, o Papa abraçou-o e disse que se sentia «como se o próprio filho tivesse regressado de uma situação de grande perigo».

Riebling revela que durante a visita de Muller ao Vaticano o diplomata americano Harold Tillman perguntou porque é que Pio XII não tinha sido mais interventivo durante a guerra.

Muller disse que durante a guerra a sua organização anti-Nazi na Alemanha tinha insistido muito que o Papa evitasse fazer afirmações públicas dirigidas especificamente aos nazis e condenando-os, tendo recomendado que as afirmações públicas do Papa se confinassem a generalidades (…) Se o Papa tivesse sido específico os alemães tê-lo-iam acusado de ceder às pressões das potências estrangeiras e isso teria colocado os católicos alemães ainda mais na mira dos nazis do que já estavam, tendo restringido imensamente a sua liberdade de acção na resistência ao regime. O Dr. Muller disse que a política da resistência católica no interior da Alemanha era de que o Papa se colocasse nas margens enquanto a hierarquia alemã levasse a cabo a luta contra os nazis. Disse ainda que o Papa tinha seguido sempre este seu conselho durante a guerra.

Graças à pesquisa incansável de Riebling, agora podemos finalmente descartar as alegações absurdas sobre Pio XII. Ele não era o «Papa de Hitler», era o seu nemesis.





domingo, 24 de janeiro de 2016


Adolfo Mesquita Nunes: um CDS à Bloco


L. Lemos


Adolfo Mesquita Nunes, que agora aparece muito nas televisões, é um deputado CDS que vota à Bloco de Esquerda, a favor do lóbi dos invertidos.

Democrata-cristão? Ah, ah, ah...

Mais uma infiltração dos invertidos nos partidos geralmente considerados de direita e de bons costumes.

Fixem o nome e as trombas do bicho. Deste e dos ditos «democratas-cristãos» Adolfo Mesquita Nunes, Ana Rita Bessa, Francisco Mendes da Silva, João Rebelo, Teresa Caeiro e a nova chefe dos defensores do gangue dos invertidos no interior do CDS Assunção Cristas.