quarta-feira, 20 de julho de 2016


O intelectualóide Barreto a baralhar os factos



Heduíno Gomes

António Barreto Publicou no DN (17.7.2016) o artigo Às Armas! a criticar António Costa. Como bom intelectual, aproveita para, na introdução, tecer várias considerações de natureza histórica e política, passando assim perante o comum dos mortais por pessoa sabedora.

O artigo, que pode ser visto na net (http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/as-armas-5289285.html ), é um chorrilho de disparates, incoerências e mesmo falsificações da história.

Então a Espanha dos Filipes fez-nos bem?

Então a Inglaterra dos piratas ajudou Portugal?

Então as invasões napoleónicas vieram desenvolver-nos?

Então o comunismo internacional não nos impôs sacrifícios?

Então os eurocratas ajudam-nos no desenvolvimento?

Então os especuladores financeiros mundiais não nos afectam?

Então — e deixo esta para o fim — a América não queria sacar Angola? E será verdade que alguma vez esse facto real foi utilizado por Portugal (anos 60) para justificar alguma estagnação e recuo de Portugal — estagnação e recuo apenas na cabeça de Cunhal e seus ainda hoje pupilos mentais, como Barreto —, aliás num momento em que Portugal era a segunda economia que mais crescia no mundo?


E agora pergunto eu.

Então para criticar a miséria dos políticos que temos — tanto à esquerda como à «direita» — será preciso preceder as críticas de uns tantos disparates, falsificações e idiotices?

Isso mesmo. Disparates, falsificações e idiotices. Como se depreende com a alusão às queixas em relação à América, Barreto não passa de um intelectualóide pouco inteligente demonstrando continuar agarrado à versão de Cunhal sobre Portugal espelhada no /Rumo à Vitória\ (1965). Barreto exprimiu claramente esse seu apego às teses do /Rumo à Vitória\ naquela série para a RTP /Um Retrato Social\, onde revelou também uma grande habilidade de manipulador de estatísticas.

Os intelectuais que dominam os meios de comunicação e fabricam o pensamento dominante não são melhores do que os Costas. Aliás, alimentam-se dos orçamentos dos Costas. Tanto os Costas como essa intelectualidade contribuem para o afundamento de Portugal.






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