domingo, 28 de setembro de 2014


Revista Fortune desmente mito

das «grandes riquezas» do Vaticano


A revista norte-americana Fortune, especializada em temas económicos, desmentiu o mito das «grandes riquezas» do Vaticano, e informou que se a Santa Sé fosse uma corporação, nem sequer chegaria perto das 500 mais ricas da sua famosa lista Fortune 500.

No seu artigo intitulado «This pope means business» («Este Papa leva a sério»), a Fortune indicou que «frequentemente é assumido que o Vaticano é rico, mas se fosse uma companhia, não chegaria nem perto da lista Fortune 500».

A Fortune assinalou que o orçamento operacional do Vaticano é de apenas 700 milhões de dólares, e «em 2013 registou um pequeno superávit global de 11,5 milhões de dólares».

A revista estadunidense assinalou, além disso, que a maioria dos activos mais valiosos do Vaticano, «alguns dos maiores tesouros de arte do mundo, estão praticamente sem avaliação e não estão à venda».

«A Igreja Católica é altamente descentralizada financeiramente. Em termos de dinheiro, o Vaticano basicamente está por conta. Essa é uma importante razão pela qual as suas finanças são muito mais frágeis e a sua situação económica é muito mais modesta que a sua imagem de luxuosa riqueza».

O Vaticano, indicou a revista económica, não tem acesso ao dinheiro nem das dioceses nem das ordens religiosas.

Explicou que «cada diocese», em termos económicos, «é uma corporação separada, com os seus próprios investimentos e orçamentos, incluindo as arquidioceses metropolitanas».

A Fortune assinalou que as dioceses de todo o mundo «mandam quantidades importantes de dinheiro para o Vaticano todos os anos, mas a maior parte deste dinheiro é destinada ao trabalho missionário ou às doações de caridade do Papa».

O Vaticano, indicou, «paga salários relativamente baixos, mas oferece benefícios generosos de saúde e aposentadoria».

«Os cardeais e bispos das congregações e dos conselhos muitas vezes não recebem mais de 46 mil dólares por ano».

«Os empregados leigos do Vaticano têm emprego vitalício, e praticamente ninguém se aposenta antes da idade», assinalou.





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