sábado, 25 de maio de 2013

Advogados contestam posição de Marinho Pinto
sobre adopção gay


(Artigo do jornal Público)

Bastonário tinha defendido proibição da adopção
por casais homossexuais.

Um grupo de advogados enviou nesta quarta-feira ao Parlamento uma carta aberta em que contesta as posições assumidas pela ordem profissional que os representa sobre a adopção de crianças por casais homossexuais. A questão será votada quinta-feira na Assembleia da República, tendo o bastonário, Marinho e Pinto, defendido que «o desenvolvimento harmonioso da personalidade da criança exige um pai homem e uma mãe mulher – e não um homem a fazer de mãe e uma mulher de pai».

Para os subscritores da carta aberta, entre os quais se conta a mãe de Francisco Louçã, Noémia Anacleto, o parecer da ordem «não respeita os princípios enformadores do Direito, carece de fundamentação factual de suporte e ilegitimamente assume uma posição que, certamente, uma parte muito significativa dos advogados deste país não subscreverá». Ou, como diz uma das suas promotoras, Lúcia Gomes, «revela um grande preconceito».

«O Instituto Superior de Psicologia Aplicada afirmou em documento de Janeiro de 2013 que, do ponto de vista do desenvolvimento emocional e psicológico das crianças, não há motivos que justifiquem a impossibilidade legal de nascerem ou de serem educadas quer por um casal do mesmo sexo quer por uma pessoa singular de orientação sexual homossexual ou bissexual», assinala a carta.
Marinho Pinto não se mostra incomodado com a contestação e diz que enquanto for bastonário a Ordem dos Advogados «não mudará de maneira nenhuma de posição», mesmo que os «colegas homossexuais se sintam discriminados».

«Manterei este parecer contra ventos e marés», declara o representante máximo dos advogados. «Reflecte uma posição largamente maioritária entre os advogados. A natureza exige o masculino e o feminino para fecundar. Não permite que duas pessoas do mesmo sexo procriem».





sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mais uma manipulação «progressista»
de um escriba da Ecclesia


Luís Lemos

A Agência Ecclesia publica uma peça do seu jornalista Luís Filipe Santos (LFS) que constitui um exemplo de desavergonhada e alta manipulação e que por isso não pode passar em claro.

Luís Filipe Santos começa por referir-se a uma declaração do Papa Francisco, no dia 15 de Maio, assinalando o 1700.º aniversário do Édito de Milão. Isto é, temos, para começar, Papa Francisco.

De seguida, Luís Filipe Santos constrói as teses que quer impingir ao leitor.

Primeira tese: o bispo António Ferreira Gomes seria uma referência teológica e política – quando afinal este senhor não passou de uma nulidade em qualquer destes campos.

Segunda tese: o bispo Carlos Azevedo seria uma pessoa com autoridade moral para falar de coisas da Igreja – quando afinal deveria era estar retirado, muito caladinho, e discreto para que ninguém se lembrasse que ele existe, para não conspurcar mais a imagem da Igreja. Ora, o que Luís Filipe Santos tenta fazer é lavar o bispo Carlos Azevedo.

Entretanto, avança com os nomes de teólogos nada recomendáveis, como Chenu (que viu um dos seus livros colocados no Index) e Kasper (assistente de Hans Kung, um dos principais críticos de Bento XVI).

Finalmente, Luís Filipe Santos chama de novo à baila o Papa Francisco, como se tudo e todos bebessem da mesma água. Mas, na realidade, que sintonia teológica, política e moral existirá entre o Papa Francisco, por um lado, e os dois referidos bispos e os dois referidos teólogos, por outro?

Luís Filipe Santos faz assim uma sandes em que o pão, a abrir e a fechar, é o Papa Francisco. E depois mete lá no meio a porcaria teológica, política e moral. E assim está a dizer ao leitor desprevenido: come, que isto tem a ver com o que diz o chefe da tua Igreja.

É preciso ser um grande manipulador e ter uma grande falta de vergonha para escrevinhar deste modo. Luís Filipe Santos revela-se como estando à altura daqueles que o Papa Francisco tem vindo a denunciar: os oportunistas no seio da Igreja.


Nota: era melhor que o indivíduo fosse aprender pontuação para não transformar o sujeito em atributo do sujeito. Não falando já no «Acordo Ortográfico», que adopta.





quinta-feira, 23 de maio de 2013

Papa critica «capitalismo selvagem»


Francisco visitou a casa de acolhimento gerida
pelas religiosas de Madre Teresa Calcutá
O Papa deixou críticas ao «capitalismo selvagem» durante uma visita à casa «Dom de Maria», dirigida pelas religiosas de Madre Teresa de Calcutá, que acolhe pessoas necessitadas, no Vaticano.

«O capitalismo selvagem ensinou a lógica do lucro a qualquer custo», disse Francisco, numa intervenção divulgada hoje pelo portal de notícias «news.va».

A visita, que decorreu na tarde de Terça-Feira, visou assinalar o 25.º aniversário da entrega da gestão desta casa de acolhimento a Madre Teresa por João Paulo II.

O Papa Francisco elogiou a hospitalidade «sem distinção de nacionalidade ou religião» que se vive na instituição, pedindo que se recupere o «sentido do dom», da gratuidade e da solidariedade.

A intervenção sublinhou a importância de travar a «exploração que não olha às pessoas».

«Vemos os resultados nesta crise que estamos a viver», acrescentou.