sábado, 2 de março de 2013

Januário corrige a Bíblia…

L. Lemos

Em entrevista à Antena 1 e RTP2 (1 de Março de 2013), o impagável, vaidosanas, agarra-o-tacho e herege Januário continuaria a divertir-nos se não fosse tão grave o que sai daquela boca, especialmente invocando Cristo. O que ele pretende não é corrigir erros internos da Igreja mas agravá-los.

As bacoradas são às dúzias, nomeadamente sobre o celibato dos padres, o governo da Igreja, o Papa, a política – enfim, sobre quase tudo em que mete o bedelho.

Questionado nessa entrevista sobre o caso Carlos Azevedo, declarou ele que a gravidade de um padre manter relações sexuais hétero e homo é igual. Mais, distinguir a gravidade entre os dois casos é «famigerada discriminação»! Portanto, para o indivíduo, relações sexuais indevidas e relações sexuais contranatura é de igual gravidade.

O impagável e herege Januário corrige Jesus Cristo. E também o Antigo Testamento.

Que respeito merece este pseudo-bispo falando em nome da Igreja?

Já chega de aturar gente desta. Já chega de porreirismo e punhos de renda com gente desta. É por causa de gente desta que a Igreja e o mundo estão como estão.

Mas é a estes palhaços que é dado tempo de antena. Sabendo-se quem manda nas antenas, percebe-se porquê.



NOTA: Os nossos limites ao referirmo-nos ao sujeito foram definidos por ele próprio quando se refere àqueles que ele considera impuros.


 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O patriotismo e os cuidados a ter


Luís Lemos

Circula na net uma petição dirigida à Assembleia da República e denominada «Petição pela implementação de um código de ética político em Portugal».

O autor é Luís Portas, certamente um patriota, o que podemos deduzir pelo seu texto.

No entanto, e independentemente de uma análise mais pormenorizada do texto, o autor comete dois erros que merecem ser devidamente notados.

O primeiro, logo à vista, é ser redigido em acordez ortográfico, o que não é lá muito patriótico. Dá logo vontade de não assinar nada!

O segundo, pior ainda, é a sua fonte de inspiração, citada no texto e apresentada em anexo à petição. Com efeito, Luís Portas apresenta-nos um texto e os seus autores, como professores de ética política, que são um bando de espanhóis. E, a espanhóis, um patriota português terá sempre de mandá-los passear.

Caro Luís Portas, patriotismo, sim. Mas sem espanholada à mistura. Porque a espanholada põe em causa o nosso patriotismo. E quando digo nosso, parto do princípio de que também é patriota. Mas cuidado.


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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Novo Mundo e Mundo Novo

CRISTÓVÃO COLON EM PORTUGAL - MARÇO DE 1493

520º aniversário da viagem de regresso do descobrimento oficial da América.
Ciclo de conferências, visitas e exposições - 3 a 14 de Março de 2013


3/3: CASCAIS, Museu do Mar Rei D. Carlos, 16.00h
· «As viagens de Cristóvão Colon e a navegação à vela no Atlântico» - Comandante José Manuel Malhão Pereira (Academia de Marinha)
· «Que vê Cristóvão Colon quando chega a Cascais?» - Dr. Severino Rodrigues (Câmara Municipal de Cascais)
· «De Santa Maria (Açores) a Cascais ­ a tempestade e a matemática» - Engº Carlos Calado (Pres. Associação Cristóvão Colon)
· Direcção do colóquio e debate: Prof. Doutor Carlos Margaça Veiga (Academia Portuguesa da História)

7/3: LISBOA, Palácio da Independência (Largo S. Domingos), 17.30h
· «Cristóvão Colombo e a Madeira: antecedentes e consequências da primeira viagem às Antilhas em 1492» - Coronel Prof. Rui Carita
(Comissão Portuguesa de História Militar)
· «Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és ­ a propósito dos encontros de Colon» - Dr. João Abel da Fonseca (Academia Portuguesa da
História)
· Direcção do colóquio e debate: General Alexandre de Sousa Pinto (Pres. Comissão Portuguesa de História Militar)

9/3: VALE DO PARAÍSO (Azambuja), Casa `Colombo', 15.30h
· «O encontro entre D. João II e Cristóvão Colon» - Profª Doutora Manuela Mendonça (Pres. Academia Portuguesa da História)
· Direcção do colóquio e debate: Engº Carlos Calado (Pres. Associação Cristóvão Colon)
Visita guiada (Dr. José Machado Pereira ­ Câmara Municipal de Azambuja) ao Centro de Interpretação da Casa `Colombo' e à Igreja de
Nossa Senhora do Paraíso, das Comendadeiras de Santos, após a Conferência .

10/3: VILA FRANCA DE XIRA, Auditório da Junta de Freguesia V.F.Xira, 15.30h
· «As razões da vinda de Cristóvão Colon a Lisboa e suas implicações diplomáticas» - Prof. Doutor Humberto Mendes de Oliveira (Comissão
Portuguesa de História Militar)
· «A visita de Cristóvão Colon à Rainha Dona Leonor» - Dr. Carlos Fontes (convidado pela Associação Cristóvão Colon)
· Direcção do colóquio e debate: Prof. Doutor Carlos Margaça Veiga (Academia Portuguesa da História)
11.00h: Visita guiada (Padre Henrique Pinto Rema ­ Academia Portuguesa da História) ao Convento de Santo António da Castanheira,
complementada na sessão da tarde
 (livre, sujeita a inscrição prévia até 7/3 para o e-mail )

14/3: LISBOA, Academia de Marinha (Rua do Arsenal), 17.30h
· «As viagens de Colombo e a náutica portuguesa de Quinhentos» - Comandante Luís Jorge Semedo de Matos (Academia de Marinha)
· «Relação de Cristóvão Colombo com D. João II» - Prof. Doutor José Manuel Garcia (Academia de Marinha)
· Encerramento do ciclo de conferências
· Direcção do colóquio e debate: Almirante Nuno Vieira Matias (Pres. Academia de Marinha)
·Exposição bibliográfica "Colon na Academia de Marinha"

Pode descarregar o programa clicando aqui.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Azulejo de Toledo


Dedicado ao antipopulista Pacheco Pereira.


(O texto só tem um defeito: está escrito naquela língua de trapos.)



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Como reduzir despesa e aumentar receita

Heduíno Gomes

Circula, entre muitos, mais um texto com várias sugestões de cortes na despesa e aumento da receita. Poderá eventualmente este texto não ser rigoroso ou viável em algum ponto. Mas, no seu conjunto, não deixa de ser pertinente.

Diríamos mesmo que há cortes em que poderia ir ao fundo da questão.

Por exemplo, aponta o corte de 50% no subsídio aos partidos. Porque não 100%? Que obrigação têm os contribuintes de financiar associações privadas? Que legitimidade têm essas associações privadas para receber uma ajuda quando se revelam associações de interesses privados, quando não associações de malfeitores? Será a paga por, em conjunto com outras associações, subterrâneas, terem conduzido Portugal a esta situação?

Por exemplo, em relação ao funcionamento da Assembleia da República, porque não concebe-lo em moldes de participação gratuita dos seus deputados (não é inédito…) excepto nos seus serviços permanentes?

Vejamos então o conjunto das sugestões desse texto.


Esta cambada fica-nos cara.
Querem melhor receita para sobrevivermos em 2013 ?!...

Propostas de alternativa à austeridade, que tudo está a mirrar, isto no que toca a corte de despesa nas ditas gorduras.

Por isso
:

– Reduzam 50% do 
orçamento da Assembleia da República e vão poupar +- 43.000.000,00€.

– Reduzam 50% do 
orçamento da Presidência da República e vão poupar +- 7.600.000,00€.

– Cortem as 
subvenções vitalícias aos políticos deputados e vão poupar +- 8.000.000,00€.

– Cortem 30% nos 
vencimentos e outras mordomias dos políticos, seus assessores, secretários e companhia e vão poupar +- 2.000.000.00€.

– Cortem 50% das 
subvenções estatais aos partidos políticos e pouparão +- 40.000.000,00€.

– Cortem, com rigor, os apoios às 
fundações e bem assim os benefícios fiscais às mesmas e irão poupar +- 500.000.000,00€.

– Reduzam, em média, 
1,5 vereador por cada câmara e irão poupar +- 13.000.000,00€.

– Renegociem, a sério, 
as famosas parcerias público privadas e as rendas energéticas e pouparão + 1.500.000.000,00€.

Só aqui nestas «coisitas», o País 
reduz a despesa em mais de 2 mil e cem milhões de euros.

Mas nas receitas também se pode melhorar e muito a sua cobrança
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– Combatam eficazmente a tão desenvolvida 
economia paralela e as Receitas aumentarão mais de 10.000.000.000,00€.

– Procurem e realizem 
o dinheiro que foi metido no BPN e encontrarão mais de 9.000.000.000,00€.

– Vendam 
200 das tais 238 viaturas de luxo do parque do Estado e as receitas aumentarão +- 5.000.000,00€.

– Façam o mesmo a 
308 automóveis das câmaras, 1 por cada uma, e as receitas aumentarão +- 3.000.000,00€.

– Fundam a 
CP com a Refer e outras empresas do grupo e ainda com a Soflusa e pouparão em Administrações +- 7.000.000,00€.

Nestas «coisitas» 
as receitas aumentarão cerca de vinte mil milhões de euros, sendo certo que não se fazem contas à redução das despesas com combustíveis, telemóveis e outras mordomias, por força da venda das viaturas, valores esses que não são desprezíveis.

Sendo assim, é ou não possível, reduzir o défice, reduzir a dívida pública, injectar liquidez na economia, para que o País volte a funcionar ?

Há, ou não há, alternativas
 ?



Façam circular pelos vossos amigos.


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domingo, 24 de fevereiro de 2013

O Papa Bento XVI tem feito
uma «limpeza no episcopado», diz Núncio


O Núncio Apostólico no Cazaquistão, Tajiquistão e Quirguistão, o arcebispo espanhol Miguel Maury Buendía, destacou o que o Papa Bento XVI tem feito durante o seu Pontificado «uma limpeza no episcopado» convidando mais de um bispo por mês em todo mundo a demitir-se por razões de má administração de contas e faltas contra a disciplina ou a moral.

«Este Papa demitiu dois ou três bispos por mês em todo o mundo por razões como a confusão nas contas nas dioceses ou a disciplina era um desastre. Ele fez uma limpeza no episcopado. (...)

O Núncio ia ao bispo e dizia-lhe «o Santo padre pede-lhe que pelo bem da Igreja renuncie ao seu cargo». Quase todos os bispos, ante o pedido do Papa, viam o desastre e aceitavam o convite.O Núncio explica que «houve dois ou três casos de bispos que disseram não, então o Papa demitiu-os sem mais explicações».

Assim referiu o prelado durante a conferência «O papel da diplomacia vaticana nas relações internacionais» dada na quarta-feira, dia 20, na Universidade CEU San Pablo, em Espanha.

Dom Maury Buendía assegurou que recebeu «com surpresa» a decisão do Papa Bento XVI de renunciar destacando que isto é um exemplo «para todos os políticos do mundo que se agarram ao poder com todas as forças» e alguma coisa que «os grandes homens sempre fizeram».

«Eu vi como o Papa se ia desgastando e pensei como seria a sua viagem ao Brasil, mas não pensei que tomaria a decisão que tomou», referiu o arcebispo, indicando que «a vida da Igreja continuará».

Quanto ao futuro, Dom Maury referiu que o facto de o Papa vir de um país ou de outro é importante «até certo ponto» e explicou que o centro ainda está na Europa.

«O que sucede é que a Igreja não evolui com saltos mas brandamente e o centro ainda está na Europa. Se nomearem um americano, isso não é relevante porque estará mais preocupado com os problemas da América», especificou.

Sobre o Colégio Cardinalício que deverá escolher um novo Papa, o Núncio referiu«que este parece ser o melhor sistema para escolher um Papa». Anteriormente, nos primeiros séculos da Igreja, conforme indicou, escolhia-se por aclamação do povo, passando-se logo ao sistema de reuniões entre os cardeais para eleger o pontífice.

A diplomacia vaticana

Sobre a diplomacia do Vaticano, o Núncio distinguiu que é «a mais antiga do mundo» pois teve início no século IV quando o imperador de Bizâncio começou a enviar embaixadores, e explicou que foi no século XVI que tomou o formato que tem agora. Concretamente, apontou que as primeiras nunciaturas que foram as de Veneza e Roma.

Além disso, precisou que, assim como ocorreu com as universidades impulsionadas pela Igreja Católica cujos modelos foram depois adoptados pelos Estados, assim aconteceu com a diplomacia, começou-se a estabelecer uma rede de contactos diplomáticos graças à Igreja, que chegaram até agora.

Dom Maury Buendía referiu que a diplomacia vaticana, conta com 105 núncios creditados perante 172 países, «não procura nenhum privilégio» para os fiéis mas «garantir a sua liberdade».