sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Amnistia Internacional é questionada
por não defender os seus empregados



A organização abortista Amnistia Internacional (AI) enfrenta um dos momentos mais críticos na sua história, ao sofrer paralisações e protestos dos seus trabalhadores em todo o mundo. Eles questionam a capacidade da organização para defender os direitos humanos já que é incapaz de velar pelos direitos dos seus próprios empregados.
Conforme informa o jornal britânico The Independent, depois de um processo de reorganização estrutural, que inclui dezenas de demissões, a AI enfrenta protestos dos seus funcionários nas suas sedes de todo o mundo, de forma particular nos escritórios de Senegal, Paris (França), Uganda, Beirute (Líbano), Nova Iorque (Estados Unidos), Hong Kong (China) e Johannesburgo (África do Sul).
Entretanto, refere o jornal britânico, o problema poderia ser tão profundo como uma «luta pela alma» da organização.
A Amnistia Internacional foi fundada em Londres (Reino Unido) em 1961, pelo advogado católico Peter Benenson, como uma instituição defensora dos direitos humanos, particularmente dos prisioneiros por objecção de consciência e dos que foram presos por causa da fé, sob regimes autoritários.
Com o seu trabalho neste campo, a organização recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1977.
Depois dos ataques da Al Qaeda às torres gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001, a AI decidiu modificar o seu enfoque a direitos económicos, sociais e culturais.
Poucos anos depois, em 2007, a Amnistia Internacional decidiu apoiar a legalização do aborto como um direito em todo o mundo, o que levou a que a Igreja Católica deixasse de ajudá-la.
Nessa ocasião, o então presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal Renato Martino, assegurou que «a Igreja Católica deixará de financiar a Amnistia Internacional (AI), devido à sua mudança de posição».
Depois deste anúncio, muitas organizações católicas do mundo inteiro deixaram de colaborar com o organismo abortista.
A Amnistia Internacional também acrescentou à sua lista de direitos humanos a promoção do mal chamado «matrimónio» homossexual. 
Alan Scott, um trabalhador sindicalizado da AI citado pelo The Independent, descreveu a organização abortista como «um dos empregadores mais mentirosos» que conheceu.
Scott advertiu que a «Amnistia Internacional não pode ser uma organização defensora dos direitos humanos confiável se não respeitar os direitos dos seus trabalhadores».
The Independent assinalou que no meio da confusão interna que se vive na Amnistia Internacional, alguns estão denunciando que a organização procura «construir a marca Amnistia» para recrutar mais membros e conseguir mais dinheiro.
Um informador do jornal britânico, que está por dentro da Amnistia, advertiu que a organização «poderia interessar-se mais em ajudar as pessoas do que usá-las como emblemas de problemas que precisam de ser abordados, do que pedir-lhes que assinem um documento para que possamos publicar a sua história para conseguir recursos».
«Actualmente estamos mais preocupados em ter um escritório na Índia, e conseguir recursos locais, do que fazer um trabalho pelos direitos humanos básicos», denunciou.
A fonte interna do jornal britânico criticou que a AI lançou uma campanha na defesa do grupo Pussy Riot, que protestou na catedral cristã ortodoxa de Moscovo contra o presidente da Rússia, «porque está na moda, procurar o imediatismo e saltar de um tema para o outro».


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