sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

«Encorrer» os espanhóis

Ainda há homens...

Convocam boicote contra a Benetton por ofensa ao Papa

O Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana e Arcebispo de Maracaibo, Dom Ubaldo Santana, chamou os fiéis a não comprarem os produtos da marca italiana Benetton, como protesto pela ofensiva montagem que apresentou o Papa Bento XVI beijando um imã muçulmano.

Este chamado foi feito neste último 17 de Novembro no perfil do Bispo no Twitter. «Indignação ante o desrespeito publicitário da Benetton não fazendo mais propaganda, mas boicotando seus produtos», escreveu Dom Santana.

Por sua parte, o Arcebispo de Lima (Peru), Cardeal Juan Luis Cipriani, criticou a Benetton por chamar à tolerância quando não é capaz de respeitar a imagem de pessoas que representam sectores da sociedade.

«Não pode brincar com a imagem de pessoas que significam um respeito. Um presidente personifica uma nação, o Santo Padre personifica Cristo na Terra. Estes senhores se equivocaram», acrescentou

«Pedem-nos tolerância de não odiar e maltratam de uma maneira grosseira os sentimentos e ideais de milhões de pessoas», expressou no sábado 19 de Novembro em seu programa radial Diálogo de Fé o arcebispo peruano.

No último 16 de Novembro o Vaticano protestou pelo «uso absolutamente inaceitável da imagem do Santo Padre».

No dia seguinte a Secretaria de Estado anunciou que «deu ordem a seus advogados para empreender, na Itália e em outros países, as acções oportunas para impedir a circulação, também através dos meios de comunicação de massas, da montagem fotográfica realizada no âmbito da campanha publicitária da Benetton».

Oposição firme, construtiva e leal

Sem amigos no Próximo Oriente

Daniel Pipes






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http://pt.danielpipes.org/10329/sem-amigos-no-oriente-medio



Os levantes árabes de 2011 inspiraram respostas tremendamente inconsistentes do Ocidente. Como por exemplo, pode-se justificar a contínua opressão de dissidentes no Bahrein e ao mesmo tempo enaltecer os dissidentes no Egipto? Ou proteger os rebeldes líbios dos ataques do governo e não seus análogos sírios? Opor-se aos ataques dos islamistas no Iêmen mas não na Tunísia?
Tais discriminações usadas especialmente para este fim reflectem algo mais profundo do que simples incompetência: a dificuldade em desenvolver uma política construtiva no que diz respeito a uma região onde, tirando algumas excepções (Chipre, Israel e Irã), as populações são predominantemente hostis ao Ocidente. Os amigos são poucos, impotentes e com fracas perspectivas de assumir o controle. Democracia, por conseguinte, se traduz em relações hostis com governos hostis.
Tanto a primeira onda de eleições em 2005 como a segunda, começaram exactamente na Tunísia, o que confirma que, dada a liberdade de escolha, a maioria das populações do Oriente Médio votam nos islamistas. Dinâmico, culturalmente autêntico e ostensivamente democrático, apresentam um corpo de ideias politicamente vibrantes e únicas, constituindo o único movimento político muçulmano importante.
Mas o islamismo é a terceira ideologia totalitária (atrás do fascismo e do comunismo). Ele afrontosamente propõe um código medieval para lidar com os desafios da vida moderna. Retrógrado e agressivo, denigre os não muçulmanos, oprime as mulheres e justifica o uso da força para expandir o domínio muçulmano. Democracia no Oriente Médio ameaça não apenas a segurança do Ocidente como também a sua civilização.
O que explica a razão pela qual os líderes ocidentais (com a breve excepção de George W. Bush) evitam estimular a democracia no Oriente Médio muçulmano.
Em contrapartida, os presidentes não eleitos da região, Reis e Emires representam uma ameaça menor ao Ocidente. Com Muammar al-Gaddafi há muito tempo punido pelo poder americano e Saddam Hussein afastado pelas forças lideradas pelos Estados Unidos, os egocêntricos se foram por volta de 2003 e os homens fortes sobreviventes, quase que na totalidade, aceitaram o status quo. Não desejavam mais do que a permissão de reprimir seu próprio povo e extravagantemente aproveitar os seus privilégios.

A ESTRELA DE BELÉM

Naquela noite estrelada
uma estrela abençoada
desceu do céu, devagar,
e mansinho foi pousar
sobre uma humilde cabana
onde estava pra nascer
uma simples criancinha
que pra sempre mudaria
os valores da raça humana.

E a estrela, maravilhada,
emitindo intensa luz
viu nascer, toda enlevada,
o Pequenino Jesus.
Viu pastores ajoelhados
e viu olhos marejados
por lágrimas de alegria.
Era noite e fez-se dia!


A Fé, como um longo véu,
cobriu de amor todo o mundo.
E com um brilho mais profundo
a estrela voltou pro céu,


Maria de Lourdes Borges de Castro                 
Natal de 2011

Eleição fraudada no Egito

Daniel Pipes e Cynthia Farahat






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http://pt.danielpipes.org/10396/eleicao-fraudada-no-egito

Segundo a comissão eleitoral do Egito, a Irmandade Muçulmana conquistou 37 porcento na primeira rodada de votações e os salafistas, que fomentam um programa islamista ainda mais extremista, 24 porcento, recebendo juntos impressionantes 61 porcento dos votos.


Esse assombroso resultado desperta duas questões: Trata-se de um resultado legítimo ou manipulado? Os islamistas estão prestes a controlar o Egito?
Legítimo ou Manipulado? Ninguém levava a sério as eleições soviéticas com os seus 99 porcento de eleitores votando a favor dos comunistas, enquanto o processo e o resultado das eleições egípcias sejam menos flagrantes, merecem ceticismo semelhante. O jogo é mais sutil, ainda assim um jogo, a seguir, como ele é praticado:
A Irmandade Muçulmana (fundada em 1928) e a ditadura militar (que governa o Egito desde 1952) têm uma ideologia paralela e uma longa história que faz deles simultaneamente rivais e aliados. Durante décadas, cooperaram intermitentemente em um sistema autocrático ligados pela lei islâmica (Sharia) e na opressão dos elementos liberais e seculares.
Nesse espírito, Anwar El-Sadat, Hosni Mubarak e agora Mohamed Tantawi conferiram poderes, taticamente, aos islamistas, como manobra para obter apoio do Ocidente, armas e dinheiro. Por exemplo, quando George W. Bush pressionou Mubarak a permitir maior participação política, ele (Mubarak), respondeu que o parlamento tinha 88 membros da Irmandade Muçulmana eleitos, advertindo assim Washington que democracia = tomada de poder pelos islamistas. A aparente fraqueza dos não islamistas amedrontou o Ocidente a continuar insistindo em uma transição para a participação política. Contudo, um olhar minucioso nas eleições de 2005 mostra que o regime ajudou os islamistas a obterem 20 porcento das cadeiras.
Hoje, Tantawi e o Conselho Supremo das Forças Armadas (SCAF) ainda apostam nesse antigo jogo já desgastado. Veja os diferentes métodos: (1) Notícias sobre o aparecimento de fraude eleitoral, por exemplo em Helwan. (2) O SCAF, de acordo com o destacado islamista Safwat Hijazi, ofereceu um "acordo" aos islamistas: compartilhar o poder com eles contanto que façam vista grossa a sua corrupção.
(3) Os militares subsidiaram tanto a Irmandade Muçulmana quanto os partidos salafistas durante as recentes eleições parlamentares. Marc Ginsburg faz menção de um caixa dois do SCAF acumulando milhões de dólares "em dinheiro para a compra de votos, doações de alimentos e roupas", que possibilitou a centenas de sucursais de organizações políticas islamistas a comprarem votos. Ginsburg fala de um emissário do SCAF que "se encontrou secretamente com representantes da Irmandade Muçulmana e de outros movimentos de orientação política islamista no último mês de abril, para criar contas bancárias para os "comitês de ação" de política local para canalizar uma cadeia clandestina de suprimentos de apoio financeiro e de commodities".
Outros ditadores no Oriente Médio, como o presidente iemenita e o presidente da Autoridade Palestina, também fazem esse jogo duplo, fingindo que são anti-islamistas moderados e aliados do Ocidente, quando na realidade são violentos, cooperam com os islamistas e reprimem os verdadeiros moderados. Até mesmo tiranos contrários ao Ocidente como o presidente Assad da Síria e Kadafi da Líbia fazem esse jogo oportunista quando há necessidade, ao retratarem gigantescos levantes contrários a eles como movimentos islamistas. (Recorde de como Kadafi culpou a Al-Qaeda pela insurreição líbia por terem misturado o café dos adolescentes com drogas alucinógenas).
Controlar o Egito? Se os militares conspiraram com os islamistas para se manterem no poder, obviamente eles e não os islamistas é que irão, em última análise, manter o controle. O que significa que o ponto-chave que os analistas convencionais não percebem é o seguinte: os resultados da última eleição permitirão que os militares continuem no poder. Conforme observa corretamente o ambicioso político egípcio Mohamed ElBaradei, «agora está tudo nas mãos do SCAF».
Verdade, se os islamistas controlarem o parlamento (o que ainda não é certo, os militares poderiam ainda decidir reduzir a porcentagem deles em futuras rodadas de um procedimento de votação excepcionalmente complexo aberto a irregularidades), eles adquirem certos privilégios e movem o país mais em direção à Sharia – até onde, de qualquer jeito, o SCAF permitir. O que continua a tendência de longo prazo de islamização em andamento, desde que os militares tomaram o poder em 1952.
E a política ocidental? Primeiro, pressionar o SCAF a construir a sociedade civil que deve preceder a verdadeira democracia, de modo que os civis moderados e modernos no Egito tenham a oportunidade de se expressarem.
Segundo, cessar instantaneamente toda ajuda econômica ao Cairo. É inaceitável que os contribuintes ocidentais paguem, mesmo que indiretamente, pela islamização do Egito. Voltar com a ajuda somente quando o governo permitir que muçulmanos seculares, liberais e coptas, entre outros, se expressem com liberdade e se organizem.
Terceiro, opor-se tanto à Irmandade Muçulmana como aos salafistas. Menos ou mais extremistas, qualquer tipo de islamistas são nossos piores inimigos.

Boas Festas da Lusitânia

Olhem a cara safada de dois...

E DIZ O PASSOS AO GASPAR:

«QUE TAL ENVIARMOS AS BOAS FESTAS A TODOS OS CONTRIBUINTES DESEJANDO UM PRÓSPERO ANO DE 2012?»

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Excelente programa sobre corrupção

com Paulo Morais e Medina Carreira

«Olhos nos Olhos» apresentou no passado dia 21 de Novembro o olhar de Henrique Medina Carreira e Paulo Morais, antigo vereador da Câmara Municipal do Porto. Pode ver este programa em:

http://www.tvi24.iol.pt/programa/4407/11.

Sabe que cidade é esta?

[Clique na imagem para descarregar o diaporama]

Mudanças no Ministério de Defesa

[Clique na imagem para visualizar o vídeo]

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Petição Contra a extinção do feriado do 1.º de Dezembro


Ler a petição e assinar em:

http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N17387

«Barrigas de Aluguer»

Pedro Vaz Patto

Foi anunciada a apresentação, pelo Bloco de Esquerda, de um projecto de lei que altera a regulação da procriação medicamente assistida, designadamente no que se refere à chamada «maternidade de substituição» (vulgarmente conhecida como «barriga de aluguer»), isto é, a situação em que a mulher se dispõe a suportar uma gravidez por conta de outrem e a entregar a criança após o parto, renunciando aos poderes e deveres próprios da maternidade. Pretende-se tornar lícita tal prática quando não lucrativa, indo, assim, de encontro aos desejos de casais inférteis devido a patologias não superáveis de outro modo, e evitando, através de um regime transparente, os abusos da exploração lucrativa.

Há que salientar, porém, que os malefícios da maternidade de substituição não decorrem apenas, nem principalmente, da sua eventual exploração lucrativa e que a experiência de outros países tem revelado a extrema dificuldade em impedir a comercialização encapotada por detrás da suposta não onerosidade dos contratos.

O filho nunca deixa de sentir o abandono da «mãe de substituição». Cada vez se conhece melhor os intercâmbios entre a mãe gestante e o feto e a importância desse intercâmbio para o salutar desenvolvimento físico, psicológico e afectivo deste. Esse intercâmbio ajuda a construir a própria identidade da criança. Esta não poderá experimentar a segurança de reconhecer, depois do nascimento, o corpo onde habitou durante vários meses.

A «mãe de substituição» também sofre graves danos porque uma qualquer mulher não fica indiferente ao que lhe acontece quando está grávida. Este estado não é uma actividade como qualquer outra; transforma a vida da mulher física, psicológica e moralmente. Esta não pode deixar de viver a gravidez como sua e de sofrer com o abandono do filho. É, por isso, compreensível que, mais tarde, queira ter o direito de visitar o seu filho (e o que lhe responder, então, quando a lei lhe nega esse direito?). O útero é inseparável do corpo e da pessoa, não é um alojamento temporário, ou um instrumento técnico.

Dir-se-á que tudo isto já sucede quando uma criança é abandonada ou «dada» para adopção. Mas essa é uma situação que não pode ser evitada (se tal fosse possível, seria evitada). Aqui, estamos perante um abandono deliberadamente programado, institucionalizado pela lei, que veda a obrigação mais natural que existe: a de assumir a vida que se gerou.

A investigação empírica vem demonstrando que, quase sempre, só situações de grande carência económica (não o altruísmo) levem mulheres a sujeitar-se a tão traumatizante experiência (não é por caso que a prática se vem difundindo na Índia). A «compensação de despesas» acaba por ter efeitos idênticos aos do pagamento. E será sempre difícil o controlo judicial de compensações indirectas ou não monetárias.

Na instrução da Congregação para a Doutrina da Fé Domum Vitae, de 1987, afirma-se (II, A, 3), a respeito da «maternidade de substituição», que «representa falta objectiva contra as obrigações do amor materno, da fidelidade conjugal e da maternidade responsável; ofende a dignidade e o direito do filho a ser concebido, levado no seio, posto ao mundo e educado pelos próprios pais; em detrimento da família, instaura divisão entre os elementos físicos, psíquicos e morais que a constituem». Mais genericamente, também aí se afirma (II, B, 8), a respeito do pretenso «direito ao filho» frequentemente invocado para justificar esta prática: «Um verdadeiro e próprio direito ao filho seria contrário e sua dignidade e à sua natureza. O filho não é algo devido e não pode ser considerado como objecto de propriedade; é um dom, ''o maior'' e o mais gratuito dom do matrimónio, e é testemunho vivo da doação recíproca dos seus pais.»

Mas a oposição à legalização desta prática vem também de sectores ditos «progressistas» e «de esquerda», que a consideram um grave retrocesso social. É o que faz, de forma muito categórica, o documento Mères Porteuses; Extension du Domaine de l´Aliénation elaborado no âmbito da fundação Terra Nova – La Fondation Progressiste. Nele se afirma que a maternidade de substituição representa «a mais recente e a mais chocante das extensões do domínio da alienação», ou seja, da coisificação e instrumentalização da pessoa, assim ferida na sua iminente dignidade. E de que são principais vítimas as mulheres mais pobres.