sexta-feira, 27 de maio de 2011

Colóquio na SEDES
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Suposto tema: a competitividade

Heduíno Gomes
Com Medina Carreira, Alexandre Relvas e António Carrapatoso, teve lugar na SEDES um colóquio sobre o suposto tema da competitividade. E se digo suposto tema é porque mal se falou do assunto. Falou-se, sim, da desgraça em que se encontra o País e do futuro negro que nos espera, com a verdade incómoda que Medina Carreira não permite esconder.
Em contrapartida, ouvimos o optimismo ideológico descabelado de Alexandre Relvas, aquele tecnocrata cavaquista habituado a chafurdar no chiqueiro da política, no caso no laranjal, sempre superficial, com ideias sobre tudo mas sobre nada, falando de números e de pobrezinhos que impressiona pela sabedoria e até comove pela bondade do seu coração. E ele cita mesmo a grande referência que é o «filósofo» bloquista e defensor de maus costumes José Gil a justificar o seu optimismo de princípio! Sim, de princípio! O seu leitmotiv é exportar, coisa que o Estado deve financiar. Pudera, ele exporta vinhos. Sistema de ensino? É tu cá, tu lá, com números e tudo. Assim tipo Deus Pinheiro, Roberto Carneiro, Grilo ou Cavaco. Problema demográfico? Com creches e transportes escolares e já está (vê-se bem nos países da Europa onde isso não falta). Enfim, é um crânio do Cavaquistão.
O outro vendedor de optimismo foi o tecnocrata e liberal confesso António Carrapatoso, sem partido mas a ajeitar-se a uma pasta de «independente». Como é seu costume, lá vociferou contra o Estado, pretendendo reduzi-lo a um faz de conta, entregando aos privados tudo o que compete a um estado moderno. E, fazendo história, pretendeu que «as coisas correram bem» entre 1985 e 1995, isto é, durante o cavaquismo, isto é, durante os governos daquele senhor que, dispondo de maioria absoluta para decidir livremente, criou o monstro, liquidou a agricultura e as pescas, e deu continuidade à burla do ensino que temos.
E são estas as alternativas que se apresentam ao fabuloso Sócrates. Se não se arranja solução, estamos feitos.



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os sacrifícios de cada um na crise
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A múmia de Belém

Resumido de Daniel Bacelar
45 mil são os euros por dia para a Presidência da República, nas contas do Palácio de Belém.
Assim descobriu o DN que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano.
Dinheiro que, para além de pagar o salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.
A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuintes que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos presidentes.
Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República colocam Cavaco Silva entre os chefes de Estado que mais gastam em toda a Europa, gastando o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha (oito milhões de euros). É apenas ultrapassado pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy e pela Rainha Isabel de Inglaterra, que custa 46,6 milhões de euros anuais.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

João César das Neves:
Mais uma prova de bom gosto e … inteligência!

Heduíno Gomes
Com o título «Sobre-humano», publicou João César das Neves no DESTAK (11.05.2011) um comentário sobre situação nacional e Sócrates.
João César das Neves, como de costume, concentra as culpas da actual miséria em Sócrates, «esquecendo-se» de nomear aqueles co-responsáveis disto tudo que pertencem à sua tribo, e mais concretamente a cavaquista. O mesmo diremos em relação  à honestidade de Sócrates em comparação com a honestidade da restante classe política, nomeadamente a da sua tribo, e mais concretamente a cavaquista.
Já estamos habituados a esse sectarismo não muito cristão.
Mas o homem perde a cabeça e excede-se um tanto, o que certamente deveria ser objecto da sua próxima confissão. Referindo-se a Sócrates, termina ele o seu comentário desta forma sublime, elegante, de bom gosto, inteligente e cristã:
«Nada o afecta e ele segue tão confiante e desafiante como sempre. Ninguém mais conseguiria, após 6 anos de ataques, escândalos e fiascos, manter a pose impoluta do primeiro dia. Isto merecia ser estudado. Quando morrer, o senhor Primeiro-ministro devia doar o corpo à ciência
Comentários para quê? É um comentador cristão!


As eleições e os defeitos humanos na política

Pedro Afonso, Médico Psiquiatra
Mesmo para quem faz do estudo e tratamento da insanidade humana o seu ofício, não pode deixar de ficar perplexo e espantado com a proliferação do destempero na vida política. Segundo o escritor Juan Manuel de Prada, quando os malvados e os tontos alcançam o poder democraticamente podemos afirmar, sem qualquer dúvida, que a sociedade alcançou o grau máximo de corrupção. Considerando que em breve iremos ter um novo governo, convém fazer uma reflexão sobre os defeitos humanos na política, exortando a escolha de políticos virtuosos.
Um dos defeitos humanos na política é o excesso de amor-próprio. É arriscado permitir que um narcisista alcance o poder, já que este, sobrevalorizando as suas reais capacidades, apenas se irá preocupar com fantasias de sucesso ilimitado. Demasiado ocupado com a admiração pública das suas qualidades singulares e com as suas obras grandiosas, este perfil de governante despreza os outros, tornando-se impaciente e arrogante quando as pessoas falam dos seus próprios problemas e preocupações.
A compulsão para a mentira é outro defeito perigoso. Os homens habituados a mentir publicamente com o tempo acabam por mentir em privado, chegando ao ponto de mentirem a si próprios. É desta forma simples e eficaz que se mantêm no exercício do poder, ainda que os resultados da sua incompetência sejam inequívocos. Trata-se de um mecanismo primário de defesa: em vez da verdade dolorosa, escolhe-se a mentira consolatória.
Os distúrbios de memória, convenientemente selectivos, utilizados para fugir às responsabilidades, correspondem a outra imperfeição humana. Esta situação torna-se evidente quando o político num dia promete uma coisa e no dia seguinte, com naturalidade, faz exactamente o contrário, sem que se dê conta de tamanha incongruência. As promessas costumam ser feitas com a mesma convicção de um vendedor de banha da cobra, surgindo invariavelmente a garantia de resolver todos os problemas de uma vez para sempre com base num plano grandioso, seja ele qual for.
A imaturidade intelectual na vida adulta pode revelar-se um defeito pernicioso. Estas pessoas têm um desejo irreprimível de impor aos outros a ideia errada de que “progredir é regredir”. A crença de que somos todos profundamente carentes de direitos, e que estamos dispensados de responsabilidades, tem consequências nefastas. Desta forma fomenta-se a regressão, desvaloriza-se o esforço e promove-se o ócio; constituindo o mecanismo mais rápido para fragilizar uma economia e empobrecer um povo.
A ignorância (e a falta de consciência da mesma) revela-se uma imperfeição humana terrível na política. Tudo se complica quando se associa o desejo de fazer obra e mudar o mundo, característica que é tanto mais perigosa quando se tem parcos conhecimentos do mesmo. Quando um político ignorante, com um profundo desconhecimento da realidade, alcança o poder e tem uma ideia política o mais provável é acontecer um desastre, abrindo-se um caminho inexorável para a tirania; tendo em conta que a tirania é acima de tudo “uma ideia pessoal sobre a realidade”.
A falta de seriedade intelectual e a dissimulação têm-se tornado frequentes como estratégia de aproximação ao poder. Os aduladores, que constituem uma espécie de corte em torno do líder, representam bem este defeito humano tão antigo. Estes indivíduos, desprovidos habitualmente de qualidades que os distingam dos seus semelhantes, fazem juras de fidelidade eterna a quem está no governo. Mas tudo isto é falso, já que estes nómadas da subserviência serão os primeiros a abandonar o líder mal ele caia em desgraça.
Evite-se, pois, escolher políticos com excesso de amor-próprio, mentirosos, sem palavra, imaturos, ignorantes e aduladores, uma vez que foram estes defeitos humanos que atormentaram os nossos antepassados e que tantas vezes levaram a catástrofes políticas, sociais e económicas.





domingo, 22 de maio de 2011

Mais filmes para os filandeses verem...
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FÁTIMA NO MUNDO»

O cariz universal da mensagem e a devoção a Nossa Senhora de Fátima

No arquivo do Santuário de Fátima há correspondência com uma paróquia dedicada a Nossa Senhora de Fátima, perto do Pequim. Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima encontra-se no pico do Evarest. Em Sidney, Austrália, existe um belo Santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Na fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, todos os anos, há uma peregrinação com a imagem de Nossa Senhora de Fátima que culmina com uma missa e que já juntou cerca de 100 mil pessoas. São cerca de 10.000 as manifestações dedicadas a Fátima por esse Mundo fora, que vão desde Santuários, cerca de 300, paróquias, igrejas, empresas, escolas, universidades, hospitais, etc… David Carollo, americano e membro do Apostolado Mundial de Fátima diz que o mistério das Aparições de Nossa Senhora em Fátima ultrapassa largamente a diáspora portuguesa. É este fenómeno da Universalidade de Fátima que se pretende dramatizar numa Série Documental de seis episódios, 50 minutos cada, a ser emitida na RTP. Série Documental dividida em 6 episódios: 1º - Fátima e a Europa a História 2º - Fátima e a Europa, Santuários, Procissões e Testemunhos. 3º – Fátima e a América do Sul 4º – Fátima e a América do Norte 5º - Fátima e a África 6º - Fátima e a Ásia e a Oceânia Através de cada episódio seremos envolvidos com as mais fantásticas histórias de como nasceram estes santuários e locais de devoção que tem a sua presença em países como o Líbano e se espalham pelo mundo fora. Também seremos confrontados com testemunhos de peregrinos e devotos de Nossa Senhora de Fátima, das mais diversas origens, que nos vão tocar profundamente. A história deste fenómeno contado por quem o vive de forma simples e autêntica.

Fátima e a Europa a História
Neste 1.º episódio da série Fátima e o Mundo, narra-se com ritmo, drama, mistério e fascínio a impressionante ligação de Fátima aos grandes acontecimentos do Sec.XX como: A 2.ª Guerra Mundial; A Guerra-Fria, o atentado ao Papa João Paulo II, a que se segue a queda do Muro de Berlim.
O episódio Fátima e a Europa, a História, testemunha também o nascimento de muitos locais de devoção e Santuários dedicados a Nossa Senhora de Fátima em países em que a palavra de Deus era proibida.

Autoria: Manuel Arouca