sábado, 1 de janeiro de 2011

Mais uma obra do Cavaco e do seu ajudante Santana

E. Sales
O Conselho de Ministros de 9 de Dezembro de 2010 aprovou uma resolução que determina a aplicação do Acordo Ortográfico da língua portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012. Eis pois mais uma obra na continuidade dos notáveis Cavaco como Primeiro-Ministro (o do Amadeus, obra de Mozart...) e seu ajudante (Secretário de Estado -- da Cultura!!!) Santana (o dos violinos de Chopin...).
A mesma disposição aplica-se, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Hitler, a guerra e o Papa

Hitler, a Guerra e o Papa é o título do livro de Ronald J. Rychlak que este mês foi apresentado em Nova Iorque.
Advogado e formado em economia, o autor apresenta documentos e depoimentos que prestam esclarecimentos sobre a acção do Papa Pio XII durante a II Guerra Mundial.
O volume foi oferecido a Bento XVI, no Vaticano, por Gary e Meredith Krupp, fundador da «Pave the Way Foundation» (PTWF).
Foi também apresentada outra obra histórica, dos jesuítas Robert J. Araujo e John Lucal: Diplomacia Pontifícia e Organizações Internacionais.
Esta apresentação foi organizada pela Missão de Observação Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.

 


Pérolas dos nossos políticos e intelectuais (19)
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A cómica e autoproclamada honestidade de Cavaco

Heduíno Gomes

«Para serem mais honestos do que eu têm que nascer duas vezes.» – disse Cavaco, porventura o candidato à Presidência da República mais hipócrita que qualquer das três repúblicas já teve – facto perfeitamente demonstrável –, apenas quase igualado pelo seu apoiante Eanes – facto igualmente demonstrável.

Há na boca cavacal alguns aspectos interessantes a salientar.


Para começar, como a classe política da III República está pejada de aldrabões, não seria difícil encontrar alguém mais honesto do que qualquer deles. A questão está em saber se o candidato Cavaco consegue estar algum furo acima dos colegas de classe.

Depois, ai de nós se os N aldrabões da classe política da III República, não considerando o candidato Cavaco, nascessem duas vezes! Teríamos então 2(N-1)+1 aldrabões na classe política da III República! Se assim já é como é, imagine-se como seria este pobre país com a aplicação da fórmula matemática ao caso!

E, depois, o candidato Cavaco, a dizer que é honesto, sabendo as pessoas atentas como ele é, não deixa de fazer lembrar aquelas marafonas que batem com a mão no peito a jurar pureza.

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco, há cinco anos, a prometer aos seus crédulos eleitores que, com a sua «cooperação estratégica», ia pôr Portugal na linha, para afinal vir agora dizer que não tem poderes (grande novidade que o gajo só agora descobriu!)?

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco, apesar dos poucos poderes que tinha, não mexer uma palha e promulgar de cruz as leis do aborto e do chamado «casamento» entre invertidos, traindo assim o seu próprio eleitorado?

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco ao dar o seu agrément aos seus homens de mão no Congresso do Coliseu dos Recreios boicotando uma lista opositora ao Conselho Nacional e a baptizando a sua de «Lista A»?

Cavaco com o seu querido Secretário-Geral Dias Loureiro,
o homem-chave da golpaça do Coliseu dos Recreios.
Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco a dizer que a recusa de visto a Savimbi não era com ele mas com o Ministro dos Negócios Estrangeiros?

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco a lavar as mãos da expulsão de Carlos Macedo pela sua cáfila?

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco a dizer que foi à Figueira da Foz apenas com o propósito de fazer a rodagem ao seu carro?

Lembram-se da «honestidade» do candidato Cavaco com suas manobras para afundar Fernando Nogueira, Presidente do PSD, nas eleições legislativas?

Chega de exemplos de «honestidade» cavacal?

Este típico exemplar da classe política da III República, apesar da sua altura, não passa de uma rasteirinha pessoa, ao mesmo nível dos seus pares da classe política. Sem projecto político decente para Portugal, apenas com projecto pessoal. Sem preocupação com o bem comum, apenas com agenda política pessoal. Sem valores morais e políticos interiores, apenas com valores formais para eleitor ver. É esta a «honestidade» do candidato Cavaco e dos seus colegas de classe desta miserável III República.