sábado, 7 de novembro de 2009

Sobre a família

«A família, meu amigo, é a base fundamental da sociedade.»

CAMILO CASTELO BRANCO




«Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado)

BALZAC




«Toda a doutrina social que visa destruir a família é má e, mais, inaplicável

VICTOR HUGO




«Deus faz que o solitário viva em família»...

SALMOS 68, 6


Do Manifesto das Famílias Portuguesas.

De http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desafio da Associação Juntos pela Vida a José Manuel Pureza



A Associação Juntos pela Vida enviou ao Presidente do Grupo Parlamentar do BE o seguinte convite:

Disse José Manuel Pureza em entrevista ao jornal O Sol que é favorável à IVG baseado «no conhecimento do ponto de vista das ciências da vida do séc. XXI».

1. Para as ciências da vida todos os seres vivos têm uma espécie.

2. Os seres humanos pertencem à espécie Homo sapiens sapiens.

3. A IVG, dizemos aborto, dizemos abortamento, tem por fim matar um ser humano, um indivíduo da espécie Homo sapiens.

4. A lei do aborto discrimina os indivíduos da espécie Homo sapiens sapiens com base na idade, ao proteger a vida de seres humanos com certa idade e desproteger a vida de outros seres humanos.

5. As maiores tragédias da História da Humanidade foram causadas pela discriminação de seres humanos: a discriminação por religião, por sexo, por raça, por nacionalidade, por nascimento, por riqueza, por convicção, etc.
Agora temos uma discriminação por idade, tão infundada como todas as outras e que está a causar mais vítimas entre os seres humanos do que todas as discriminações anteriores juntas.

6. Além disso a despenalização do aborto priva as mulheres da única arma que tinham para fazer frente a pressões, "eu jamais cometeria um crime", e expõem-nas a toda a espécie de chantagens a pressões, como reconhecem diversos estudos do séc. XXI que provam que mais de metade das mulheres aborta contra-vontade.

7. A Associação Juntos pela Vida dispõe-se a participar numa reunião (ou várias) com José Manuel Pureza (ou com quem lhe parecer oportuno) no sentido de sermos esclarecidos do seguinte:

A. Onde estão os factos de séc. XXI que negam os pontos 1.a 6.?

B. Caso José Manuel Pureza consiga provar que para a ciência do séc. XXI o aborto não mata um ser humano, então os Juntos pela Vida comprometem-se desde já a tornarem-se numa associação defensora da despenalização do aborto e a em tudo apoiarem o Bloco de Esquerda.

4 de Novembro de 2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Que se vê e que esperar de Isabel Alçada?

De Isabel Alçada conheciam-se meia centena de livros de fantasias para crianças. Mas nenhuma ideia expressa sobre Educação, para adulto ler. Hoje já temos 3 discursos políticos, bem recentes, e um quadro de comunicação não verbal, que só escapa aos incautos. Tudo visto, são discursos que revelaram uma organização de ideias confrangedora, recheados dos clichés repetidos que ainda nauseiam durante os últimos 4 anos, medíocres do ponto de vista da semântica e da construção frásica, onde os erros de concordância surpreendem.



Ficou-lhe mal elogiar tanto o seu Plano Nacional de Leitura. Esse e o da Matemática. Os planos nacionais são expedientes a que se recorre quando as primeiras instâncias falham e não se sabe corrigir o que está mal. Custam muito dinheiro, jogado em cima do que já existe para obter os mesmos resultados. No caso da leitura, o plano sucedeu a anos de menosprezo do ensino do Português, a substituir os clássicos por panfletos de cordel e a tornar a gramática para crianças, numa charada de linguistas. No que toca à Matemática, entregou-se a concepção e a execução do plano aos que tinham sido apontados como responsáveis pela situação que o mesmo se propunha corrigir. Sem mais! Esta é a sinopse do verdadeiro contexto de elogios ocos.

Ficou-lhe mal dizer que o Magalhães e o plano tecnológico nos tinham colocado na primeira linha do desenvolvimento. São tiques de deslumbramento terceiro-mundista, sem credibilidade, que minam o desejável recato de qualquer começo. Ficou-lhe mal a alusão encomiástica às novas oportunidades e ao ensino profissional. Os professores sabem que, descontadas poucas situações de funcionamento sério, uma e outra iniciativa são farsas e manipulações grosseiras das pessoas e das instituições. Ficou-lhe muito mal a protecção que deu à clausura das crianças na escola, de sol a sol, e a cobertura que não regateou à moderna escravização administrativa dos docentes. Foi-lhe desfavorável a versão, inverosímil, segundo a qual o convite e a aceitação, surgiram momentos após a sua declaração pública em contrário e escassas horas antes do anúncio oficial. Aceitaram os que acreditam no Pai Natal. Numa palavra, fez o suficiente para que nenhum professor prudente acredite nela. Para início e em tão pouco tempo, pior seria difícil.

Não espanta que Isabel Alçada seja ministra sem anteriormente ter sentido necessidade de dizer o que pensa do sistema educativo. Sócrates pensará por ela. Lurdes Rodrigues já pensou por ela. Aliás, no fim da cerimónia de remodelação governamental, a agora ex-ministra foi profética quando sublinhou, repetidas vezes, com o cinismo que a caracteriza, a sua muita confiança no novo governo. Os mais atentos sabem que tem razão, porque Isabel Alçada não tem identidade política. Melosa e sorridente, foi alistada para continuar a contar histórias, agora aos professores. Da política tratará Sócrates, Silva Pereira, Santos Silva e Francisco Assis.

Santana Castilho
Extractos da crónica do Público

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Socialistas católicos mobilizam-se contra casamentos gay e querem referendo




Cláudio Anaia, porta-voz do grupo, diz que o PS de Sócrates anda a reboque do BE e "ideologicamente baralhado"


A pobreza e o combate à crise devem estar no topo da agenda do Governo do PS e não o casamento entre homossexuais. É com base neste premissa que um grupo de católicos, que militam no PS, se estão a mobilizar para uma verdadeira campanha contra a legalização dos casamentos gay, uma das promessas eleitorais que José Sócrates, já depois das eleições, reiterou publicamente que fará avançar nesta legislatura.

Para já, deverá ser criado, esta semana, um site na Internet, em articulação com outras organizações partidárias e movimentos de cidadãos, para funcionar como um fórum de debate sobre o tema. Mas que poderá constituir-se como uma plataforma de angariação de contactos para o objectivo que estes socialistas católicos têm na forja: a recolha de 75 mil assinaturas com vista à realização de um referendo.

"Defendemos que a realização de um referendo é essencial por uma questão de justiça, porque estamos convencidos que a Assembleia da República corre o risco de aprovar uma lei com a qual a maioria dos portugueses não concorda", explica o porta-voz do grupo de socialistas católicos, acrescentando que aguardam apenas "por sinais concretos" dos partidos com representação parlamentar quanto ao sentido de voto para desencadear o processo de recolha de assinaturas. Em dúvida, diz, está a posição que o PCP poderá eventualmente adoptar e que, em conjugação com votos do PSD e do CDS-PP, poderá travar o diploma no Parlamento. "O PS está a ir a reboque do BE, está ideologicamente baralhado. Ser de esquerda é trabalhar contra a fome e a pobreza, é combater a crise", argumenta.

Consciente de que a proposta de legalização dos casamento gay constava do programa eleitoral do PS - foi sufragado pela maioria dos portugueses nas legislativas de Outubro -, Cláudio Anaia sustenta que a questão divide os socialistas e que o voto de grande parte dos eleitores não é determinado pela concordância com os programas dos partidos, "que, muitas das vezes, ninguém lê". "Há muita gente que se opõe à legalização do casamento entre homossexuais, mas o mais importante é que os que o defendem estão a mentir quando dizem que será vedada a adopção de crianças. Hoje em dia basta o casamento ser reconhecido por lei para haver direito à adopção", adverte este dirigente socialista e membro honorário da JS, que jura nada ter a opor ao regime de uniões de facto entre pessoas do mesmo sexo. "Coisa diferente é o casamento", insiste. Dito isto, Anaia conclui que não se trata de "uma causa fracturante, mas aberrante".

A ofensiva deste sector católico dos socialistas não é inédita (já se tinham destacado no combate à legalização da interrupção voluntária da gravidez), mas torna-se pública num momento em que a Igreja se prepara, também, para tomar uma posição sobre o assunto. Ontem, o Diário de Notícias avançava que o tema poderá ser discutido pelos bispos portugueses, na reunião que decorrerá entre os dias 9 e 12 de Novembro em Fátima. Isso mesmo foi admitido pelo porta-voz da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa), Manuel Morujão. Ressalvando embora que a questão não está agendada, foi dizendo que o tema poderá ser discutido "no contexto da realidade social em que vivemos".

Ao PÚBLICO, Claúdio Anaia afasta qualquer concertação de esforços com a hierarquia católica, ainda que deixe claro que "a Igreja deve tomar posição". Algo que já aconteceu e que motivou o desencontro público com dirigentes do PS quando, em Fevereiro deste ano, em vésperas do congresso socialista, o porta-voz da CEP advertia os católicos para a proposta de casamento entre homossexuais contida na moção de José Sócrates.

[Dos jornais]

[Ilustração de prioradode idiotas.com]

O «patriota» e «historiador» esperto Madail

Na apresentação da candidatura iberista da bola, pretendendo realçar uma suposta grande proximidade entre Portugal e Castela (que protagoniza o Estado espanhol), exclama o parolo (pensando que é esperto) Gilberto Madail, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol: os nossos dois países estão «entrelaçados pela história».

A que laços que nos «entrelaçam» se referirá este historiador de meia-bola?
A Aljubarrota?
À ocupação filipina de 60 anos?
À Guerra da Restauração de 28 anos que deveriam envergonhar os abrilistas cansados de 14 anos de guerra suave?
À Guerra das laranjas do Godoy e da rainha espanhola sua amante?
À ocupação de Olivença desde 1801 e que recusam devolver apesar do Tratado de Viena de 1815?
À Guerra Peninsular ao lado de Napoleão visando esquartejar Portugal?
Ao apoio de Afonso XIII aos arruaceiros republicanos para desestabilizar Portugal?
Ao plano de Franco nos anos 20 do séc. XX para ocupar Lisboa?
Aos planos quer falangistas quer republicanos para anexarem Portugal, aqui pertinho no tempo, em 1936-1939, plano que Salazar sabiamente soube furar?
Ao desejo traumático de anexação que perdura nos castelhanos?

Madail só tem uma atenuante: é ignorante destas coisas, como, aliás, a maioria dos Portugueses o são. Por isso faz diplomacia paralela irresponsável e repete frases feitas, idiotas, que ouve a outros como ele.

Heduíno Gomes
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Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Peninsular e outros episódios da História de Portugal em Wikipédia.

Guerra Peninsular



Monumento aos heróis da Guerra Peninsular.

A chamada Guerra Peninsular sucedeu no início do século XIX, na Península Ibérica, integrando o evento mais amplo das Guerras Napoleónicas. Envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, com repercussões além da Europa, na independência da América Latina.

A Guerra Peninsular entre 1807 e 1814, tem uma sequência de eventos envolvendo a península que remontam à Campanha do Rossilhão (1793-95), quando tropas de Portugal reforçam as da Espanha, integrando a primeira aliança liderada pela Inglaterra contra a França revolucionária.

A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre estes, atingir indirectamente os interesses comerciais do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda (Guerra das Laranjas, 1801).

Em Julho de 1807, com os acordos secretos de Tilsit, vai no entanto abrir-se um novo capítulo na guerra europeia. Em Agosto, enquanto Napoleão faz concentrar tropas em Baiona para a invasão de Portugal, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, os seus "pedidos": Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes.

Em 5 de Setembro de 1807, o general Andoche Junot está já em Baiona a cuidar dos últimos preparativos das tropas que irão invadir Portugal[1], antes de obter uma resposta definitiva do príncipe regente de Portugal, e antes mesmo de Napoleão assinar o Tratado de Fontainebleau com a Espanha (27 de outubro de 1807), no que parecia ser o projecto de uma repartição do território português em três novas unidades políticas:

Lusitânia Setentrional - território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);

Algarves - região compreendida ao sul do Tejo, a ser governada por Manuel de Godoy, o Príncipe da Paz, primeiro-ministro de Carlos IV, com o título de rei; e

Resto de Portugal - território circunscrito entre o rio Douro e o rio Tejo, região estratégica pelos seus portos, a ser administrada directamente pela França até à paz geral.

Tornando aparente à Espanha querer cumprir o Tratado de Fontainebleau, Napoleão ordena a invasão de Portugal, iniciando o que se denomina por Guerra Peninsular (1807-1814), cuja primeira parte é conhecida como invasões francesas a Portugal.

Socialistas católicos consideram «aberrante» casamento homossexual




Propõe-se participar na recolha de 75 mil assinaturas para que seja realizado um referendo sobre o tema



Por «uma questão de justiça», um grupo de socialistas católicos quer um referendo sobre o «casamento» entre homossexuais. Para tal, propõe-se recolher 75 mil assinaturas.

De acordo o porta-voz deste grupo, Cláudio Anaia, citado pela agência Lusa, a realização de uma consulta popular faz sentido para que «todos os portugueses se possam pronunciar sobre esta matéria».

Estes socialistas católicos dizem-se abertos, inclusivamente, a uma plataforma multipartidária.

«A maioria dos portugueses é contra o 'casamento' homossexual», considera Claúdio Anaia, descrevendo como «aberrante» a proposta do PS para a sua legalização, por achar que tem como objectivo a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

Para estes socialistas católicos, o partido do poder está «ideologicamente baralhado» e por isso estão contra a prioridade dada ao tema, salientando que esta devia incidir no «combate à pobreza» e «ao desemprego».

Associação Juntos pela Vida patrocina processos contra o Estado

No Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama (30 de Outubro) queremos recordar o seguinte:

1. Em 1986 uma equipa de cientistas escreveu que "o aborto provocado antes da primeira gravidez levada a termo aumenta o risco de cancro da mama". ("Induced abortion before first term pregnancy increases the risk of breast cancer." Lancet, 2/22/86, p. 436)

2. A descoberta acima abriu um novo campo de pesquisa científica e médica que suscitou um amplo debate público, alguma controvérsia e dolorosas consequências para quem foi deliberadamente privado do seu conhecimento.

3. Na verdade, a evidência científica reunida nos últimos 50 anos é clara: o aborto provocado é, entre os factores de risco evitáveis, o que tem maior impacto no aumento do cancro da mama. Independentemente da posição pessoal ou institucional no debate sobre o aborto diversas organizações médicas afirmam que o aborto aumenta o risco de cancro da mama.

4. O Estado português tem o dever de informar todas as mulheres: o aborto provocado agrava o risco de contrair cancro da mama. No entanto não o faz.

5. A nossa associação oferece-se para ajudar as mulheres que desejem pedir responsabilidades e eventual indemnização ao Estado por não terem sido informadas de que o aborto aumenta o risco de ter cancro da mama.

Lisboa, 30 de Outubro de 2009.

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Contacto para a Comunicação Social:

Dr. João Paulo Malta, médico ginecologista e obstetra, 919 993 732.


Para mais informação: http://www.abortionbreastcancer.com

http://www.juntospelavida.org

No 400.º aniversário de Galileu, o Papa insiste na harmonia entre a fé e a razão



Ao referir-se ao 400.º aniversário dos primeiros descobrimentos astronómicos de Galileu Galilei, O Papa Bento XVI reiterou que a fé e a razão devem conviver harmoniosamente.
Ao receber esta manhã aos participantes no diálogo promovido pelo Observatório Astronómico do Vaticano, por ocasião do Ano Internacional da Astronomia, o Santo Padre assinalou que «como sabem a história do Observatório está muito ligada à figura de Galileu, às controvérsias que a sua investigação desencadeou e à tentativa da Igreja de alcançar uma compreensão correcta e frutuosa da relação entre ciência e religião».

O Pontífice explicou que «se queremos responder ao desafio deste Ano - levantar o olhar ao céu para redescobrir nosso lugar no universo - como não recordar a maravilha expressa pelo Salmista há tanto tempo, que, contemplando o firmamento estrelado, dizia ao Senhor: 'Ao ver o céu, obra das tuas mãos, a lua e as estrelas que fixaste, o que é o homem para que dele te lembres, o filho do Adão para que dele cuides?'».

João Brandão Ferreira lança livro sobre a guerra do Ultramar



Três décadas após o fim da guerra colonial, no livro Em Nome da Pátria, Brandão Ferreira questiona se os portugueses travaram uma «Guerra justa» e se tinham o direito de a fazer e conclui que a descolonização enfraqueceu o País.
O livro, com quase 600 páginas, foi lançado na Academia Militar, em Lisboa, pela Publicações D. Quixote.

O tenente-coronel piloto-aviador Brandão Ferreira, 56 anos, é um militar de transição entre dois regimes políticos. Estava ainda na Academia Militar quando ocorreu o 25 de Abril de 1974 e seguiu depois para os Estados Unidos.

No entender do autor, impõe-se «conseguir um conjunto elaborado de conhecimento que permita que a nação portuguesa caminhe para um futuro assente em bases sólidas e verdadeiras e não sobre falsos postulados».

Os seus princípios parecem inabaláveis: «Por aquilo que é secundário, negoceia-se; pelo que é importante, combate-se; pelo que é fundamental, morre-se».

No seu entender, com a descolonização, os portugueses perderam liberdade estratégica e ficaram enfraquecidos e divididos como comunidade.

O militar culpa Marcelo Caetano («uma pessoa de bem», com «grandes qualidades intelectuais») de nada ter feito «para contrariar eficazmente» aqueles que então começaram a defender a independência das ex-colónias.

No livro, Brandão Ferreira rejeita que a guerra fosse insustentável, nomeadamente devido ao número de baixas portuguesas: «A verdade é que, por ano, morria mais gente nas estradas de Portugal Continental do que nas três frentes de luta em África».
«Será mais digno combater no Afeganistão que no Estado português da Índia? No Líbano que em Angola? Na Bósnia que na Guiné-Bissau? No Kosovo, que em Moçambique? São estes os novos ventos da história?»

Texto condensado da Lusa

Cristãos são os mais discriminados no mundo, denuncia Santa Sé na ONU

O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, D. Celestino Migliore, denunciou na assembleia geral deste organismo que "se documentou com suficiência que o cristão é o grupo religioso principalmente discriminado" no mundo.

"Com o aumento da intolerância religiosa no mundo, documentou-se com suficiência que os cristãos são o principal grupo religioso discriminado. O seu número calcula-se em mais de 200 milhões, de diversas confissões, que se encontram em situações de dificuldade devido às estruturas legais e culturais que levam à sua discriminação", indicou Dom Migliore ao intervir na 64ª Assembléia Geral da ONU.

Dom Migliore constatou que o direito à liberdade religiosa, apesar das declarações da comunidade internacional assim como sua presença na constituição da maioria dos estados, continua violado.

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Arcebispo explicou que "durante os últimos meses em alguns países asiáticos e do Oriente Médio viu-se comunidades cristãs atacadas, deixando muita destruição e morte. Igrejas e lares foram arrasados.

domingo, 1 de novembro de 2009

Coitadinhos dos ciganos do Alto do Lumiar

Quem não aceitar isto é racista e xenófobo...

Sem complexos nem preconceitos

CARTA DO CANADÁ SOBRE A PESSOA SARAMAGO

Sem complexos nem preconceitos

Fernanda Leitão


Seguramente, foi em 1959 que assentei arraiais na Brasileira do Chiado, no grupo pontificado por Tomaz de Figueiredo, Jorge Barradas, Abel Manta e Almada-Negreiros, onde fui dar pela mão de artistas plásticos cujo vasto atelier passou a ser, também, meu poiso habitual. Meu E de muitas outras pessoas.

Em tardes de Inverno, com a lareira acesa e tomando chá, por ali passava a dizer poemas Vasco Lima Couto e, a inundar o espaço com a sua voz inesquecível, Eunice Muñoz. Gente do teatro, do cinema, da música, das artes plásticas, do jornalismo, das letras, ali conviviam com serenidade e gosto.

A escritora Isabel da Nóbrega começou a ser habitual e depressa se tornou uma amiga dos donos do atelier. Senhora de bom berço e fino trato, inteligente e culta, bem instalada na vida, caiu numa cilada do demónio. Apaixonou-se por um zé-ninguém, nem sequer bonito, muito menos simpático e bem educado, que olhava tudo e todos de nariz empinado, numa pseudo-superioridade de quem tem contas a ajustar com a vida, quezilento e muito chato. Falava como um pregador de feira e era intragável. Mas, em atenção à Isabel, lá íamos aturando o José Saramago.

Para mim, que sou péssima, foi ponto assente: aquele não a ia fazer limpa, era um depósito de ódio recalcado. Foi por isso que não me admirei nada quando o vi director do Diário de Notícias, a mando do Partido Comunista, onde, da noite para o dia, lançou ao desemprego 24 jornalistas, dos da velha escola, dos que escrevem com pontos e vírgulas, deixando-os, e às famílias, sem pão. Também não fiquei minimamente surpreendida quando soube que abandonou Isabel da Nóbrega, que tanto fez por ele, para alvoroçadamente casar com uma espanhola que foi freira e tem vastos conhecimentos no mundo da política e das letras. Para mim, estava tudo a condizer com a figura.

Cá de longe soube que publicava livros e vendia muito. Não me aqueceu nem arrefeceu, porque nunca li nada escrito por ele nem tenciono perder tempo com isso. Não me apetece, e está tudo dito. Nem o Nobel que lhe deram me impressionou, porque já vi o Nobel ser dado sem critério algumas vezes. Acho mesmo que o prémio está a ficar muito por baixo.

E agora, o homenzinho da Golegã a chamar nomes a Deus, a insultar a Bíblia nuns raciocínios primários de operário em roda de tasca. Dizem que o fez por golpe publicitário. Talvez. Acho que é capaz disso e de muito mais. No entanto, creio que, no meio do aranzel, apenas houve uma pessoa que lhe fez o diagnóstico certo: António Lobo Antunes, numa magistral entrevista dada à RTP, há dias, respondeu a Judite de Sousa, que o interrogava sobre as tiradas de Saramago, que essas vociferações contra Deus lhe tinham feito medo. E adiantou: «tenho medo de chegar à idade dele assim, sem senso crítico». Está tudo dito. É mais um como há tantos anciãos de tino perdido em Portugal. É deixá-lo andar. A mim tanto se me dá.


Eu assumo!


Fisiologia discriminadora

Eu assumo!

O drama da diferença e da repressão de uma singularidade genética




Caracóis discriminados: dextros e canhotos

1. Peço que me desculpem os leitores mais conservadores, a quem esta minha confissão pública possa chocar.

Peço que se acolha esta minha declaração com tolerância, que é a virtude cívica que se define como indiferença ante o bem e o mal, e que, por isso, proíbe terminantemente qualquer imposição ou condenação em termos morais.

Peço para mim e para todos os que sentem na pele o estigma de uma excepção que nos foi imposta pela natureza, à revelia da nossa vontade, uma plena integração social, pondo assim termo à injusta discriminação a que fomos expostos e que continuamos a padecer.

Peço e exijo que, em nome da igualdade, se nos aceite como somos: iguais na diferença e diferentes na igualdade.


O abre-latas discriminador dos canhotos

2. Desde que tive consciência desta minha particularidade de género, experimentei a segregação a que todos os que partilhamos esta condição somos, por regra, expostos. Com efeito, qualquer tímida manifestação desta nossa anormalidade - que o é, convenhamos, em termos estatísticos - é logo censurada por severos olhares que, não obstante a sua mudez, nos gritam o drama da nossa reprimida singularidade genética.

Mas hoje, finalmente, graças à abertura e compreensão dos nossos governantes, que parecem não ter outra preocupação que não seja a de pôr termo a estas injustiças atávicas, tomei a decisão de me assumir publicamente: sim, sou canhoto! Afirmo-o pela primeira vez sem complexos, diria que com orgulho até, disposto mesmo a desfilar numa triunfal canhotos' pride parade!



A bondade da tolerante tesoura para canhotos

3.
Cônscio de que a democracia está incompleta enquanto não nos forem dados os mesmos direitos que já usufruem os dextros, não posso deixar de fazer algumas reivindicações. A saber:

Exijo que o Estado financie as operações de mudanças de braços e mãos, pernas e pés, de todos os canhotos que queiram mudar de género!

Exijo que todas as cadeiras dos anfiteatros tenham igualmente amplos os apoios dos dois braços, e não apenas o direito, como pretende a maioria fascizante dos dextros!
Exijo que nós, os canhotos, tenhamos direito a carros com o travão de mão à esquerda e os pedais invertidos (com perdão!), pondo assim termo à imposição, por parte da indústria automóvel, de um único modelo comportamental!

Exijo que as autarquias reconheçam o nosso inalienável direito a circular pela esquerda, criando um itinerário alternativo canhoto (IAC)!

Exijo que seja despenalizada, para os canhotos, a condução em contra-mão e que sejam imediatamente amnistiados todos os esquerdinos que, por este motivo, já foram hipocritamente condenados por tribunais dominados pelos dextros!

Exijo que o trecho bíblico que coloca à esquerda de Deus os condenados e à sua direita os bem-aventurados, seja alterado, de modo que se não possa associar aos esquerdinos nenhuma humilhante inferioridade de género.

Exijo que a expressão «cruzes, canhoto!» e outras análogas sejam criminalizadas, pelo seu evidente cunho canhotofóbico.

E, claro, exijo também o direito à adopção de crianças dextras por casais esquerdinos!



Sem adaptar a posição das cordas, o canhoto desafina

4. Graças ao carácter fracturante desta minha proposta, que suponho também assumida por todos os outros cidadãos da mesma condição, quero crer que será acolhida favoravelmente por todos os partidos políticos que têm pugnado pela igualdade de género. Afinal de contas nós, os canhotos, também somos de esquerda, não é?

P. Gonçalo Portocarrero de Almada
Voz da Verdade, 21 de Junho de 2009


Só assim o canhoto pode saber que horas são



Não confundir o canhoto com Adriana Calcanhoto!


[ Ilustrações retiradas da net por Mais Lusitânia ]

Kechichian, crítico literário de «Le Monde», converte-se à fé católica

Patrick Kéchichian, chefe de redacção do suplemento «Le Monde des Livres» do jornal Le Monde, de 1985 a 2008, converte-se à fé católica.

O Sistema não tem Inimigos



Torna-se importante notar que, desde o Bloco de Esquerda até ao CDS, passando portanto pelo PCP, PSD e PS, não há qualquer posição que desafie o Sistema Político Instalado. Todos se dizem democratas e declaram aceitar as regras do jogo. Parece simples, mas não é.

Em 1974 e 1975, o PCP, como partido revolucionário, jogou para impor um Sistema diferente deste e semelhante ao que existia ao tempo na URSS. Vieram a perceber que não conseguiam e passaram a entrar no Sistema que os seu dirigentes só formalmente criticam como um lista previsível de acusações, todas elas feitas ao nível prático. Segundo esse relato, o Sistema não está aperfeiçoado porque não garante uma lista enorme de direitos dos trabalhadores. O discurso não tem substância porque não ataca o sistema directamente numa linha leninista ou mesmo marxista, como devia ser a matriz do dito partido vermelho da foice e do martelo.

O recém criado Bloco, formado pelos trânsfugas de três partidos de extrema esquerda, cujo triunvirato ainda se nota com a hegemonia do demagogo Francisco Louçã, não teve senão que aceitar o Sistema e lutar por votos segundo «as regras do jogo», Mas mais, vindos de um pensamento totalitário e claramente antidemocrata, passaram imediatamente ao acto de adoração latrêutica à democracia, que, segundo eles, está imperfeita.

O Partido Socialista, vindo dos exagerados excessos dos jovens exilados na Alemanha, como bem descreve Rui Mateus, perceberam desde cedo o significado da riqueza e o peso do dinheiro. E essa compreensão era incompatível com o marxismo que diziam professar. Por consequência tiveram que enfrentar num combate mortal a máquina treinada e subversiva do PCP que queria o poder em Portugal e julgava isso possível instrumentalizando o poder militar, e em seguida definir o Sistema em seu favor. Meteram o marxismo e até o socialismo na gaveta da secretária e banquetearam-se, quando no controle do Sistema, com os recursos do sistema. Definiram a exploração a seu favor, colocando-se no topo da cadeia alimentar. Foram anos em que o Sistema tomava forma e em que quem passava pelo círculo do poder ficava rico, como é hoje manifesto. A diferença de pecúlio entre o momento da chegada ao círculo e o momento de saída é verdadeiramente notável e não se explica pelos ordenados. Com vocação para o Sistema o PS ajudou fortemente a erguer o Sistema de que beneficia agora. É um defensor do Sistema.

O PSD fez uma longa caminhada com os mal vistos pelo Sistema. Forçou a entrada no Sistema contra o PS e o PCP e tratou de colaborar na adequação do Sistema às suas necessidades alimentares. Na realidade é um defensor do Sistema, porque o Sistema também uma criação sua. Também entende que o Sistema tem que ser melhorado, com menos corrupção, mais transparência, mais emprego, mais seriedade. É o discurso do costume. Os slogans são pobres nesta campanha e todos intrinsecamente falsos ou ambíguos. A sua máquina desatinada defende o sistema, só com alguns não alinhados a apontar o dedo ao sítio certo. São defensores do Sistema.

O CDS, depois de muitas mutações conseguiu sair de uns pequenos papéis colados nas bocas de metro da cidade de Lisboa e entrar no Sistema como parente pobre. Ensaiou na sua área de interesses todas as estratégias possíveis com Freitas do Amaral, Lucas Pires, Adriano Moreira, Ribeiro e Castro e Paulo Portas. Foi do Centro (de quê?), foi partido democrata-cristão fora de tempo, foi a direita possível no Sistema, foi conservador, foi neoliberal, tornou a ser cristão e de direita. Bom, mas é do Sistema. Propõe mudanças no Sistema, mas é democrata

Não se vê no espectro de partidos políticos com representação na Assembleia quem não seja do Sistema e esteja ali para derrubar o Sistema.

Isto significa o êxito da democracia em Portugal, mas não uma democracia de êxito, de sucesso. É o sucesso do Sistema, mas o Sistema não nos leva ao sucesso. É caro, inoperacional, pouco eficiente, facilmente corrompido e, acima de tudo, proporcionou a formação de uma oligarquia política que se alimenta do Estado e que desempenha essa função sem sentido de serviço a não ser o serviço que fazem a si mesmos.

A oligarquia existente tem mudado muito lentamente no tipo de pessoas, mas revela-se incapaz de se renovar verdadeiramente até pela presença de famílias, cujos descendentes parecem que herdam a faculdade de subir ao círculo do poderio político.

É interessante estudar o modo como a oligarquia reage a uma ameaça de expulsão ou de renovação. A primeira feita com sentido foi a do partido dito PRD que aproveitou a figura do General Eanes para se desenvolver e ganhar uma parte substancial da assembleia, preparando-se, como é lógico, para partilhar os bens disponíveis no Sistema. Todos os partidos (claro que queremos significar os dirigentes contentes dos partidos) identificaram o inimigo: os despojos do dia, o festim, estava ameaçado porque chegavam uns sujeitos esfomeados. Tocaram as trombetas e o partido, depois de umas manhosas habilidades desapareceu por onde veio, espalhando-se o pessoal dirigentes por uns tachos adequados para os manter longe da grande gamela, mas satisfeitos. A mais recente experiência é a sanha com que tratam a rapaziada pouco cristã, cabeça rapada, fatos pretos, correntes, do partido nacionalista. Crêem piamente que ali há nazismo, xenofobia, que os miúdos e as miúdas tem quartos que em fez de exibir cartazes dos Bandemónio, ou dos figurões do heavy metal, têm é o preocupante hábito de pintar suásticas nas paredes, talvez meter umas fotos do tio Adolfo em vez o sorumbático e doente Lenine, e para mais são capazes de ter escondido algumas cópias proibidas do Mein Kampf. É tão preocupante que todos querem eliminá-los e nem sequer os querem deixar ter acesso ao Kindergarten político. Isto já é maldade ou querer mostrar serviço, quando o serviço deveria consistir em prender os criminosos que infestam o país e que contra a opinião dos abalizados e indocumentados comentadores, no Sistema, na minha opinião só vai piorar.

Em jeito de resumo: o Sistema só pode ter inimigos nas cabeças quentes dos miúdos enquadrados pelo partido declarado inimigo. Os dependentes do Sistema: são os desempregados com subsídio, ciganos financiados, emigrantes assaltantes, bandidos, funcionários da máquina, enfim, tudo pequena gente. O que consta é que as alternativas a este Sistema nem sequer foram enumeradas ou formulados ou enunciadas. Isto significa que a oligarquia política está satisfeita. Não luta entre si, entende-se. O povão vê o espectáculo mediático da luta política que parece um jogo de futebol morno e sem craques. A oligarquia depois da festa vai fazer o festim. O que é importante para a oligarquia é enganar sistematicamente o povão composto infelizmente por uma percentagem razoável de gente boa que ainda não passou à floresta. Só isso preocupará a oligarquia impávida e arrogante.

António Marques Bessa

A Turquia já não é um aliado do Ocidente



Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia e da Síria encontraram-se em Aleppo, em Outubro de 2009.

«Não há dúvidas de que ele é nosso amigo», dizia o primeiro ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, referindo-se ao presidente do Irão Mahmoud Ahmadinejad. Estas declarações ultrajantes mostram a profunda mudança na orientação do governo turco, há seis décadas o maior aliado muçulmano do Ocidente, desde que o partido AK de Erdogan's subiu ao poder em 2002.

Vários eventos ao longo deste mês revelam a extensão desta mudança. O primeiro foi em 11 de Outubro com a notícia de que as forças armadas turcas - um antigo bastião do secularismo - limitaram a participação das forças da NATO em manobras.

Ministros dos governos turcos e sírios encontraram-se na cidade fronteiriça Öncüpinar e simbolicamente levantaram uma barra que divide os dois países, em 13 de Outubro.

Barry Rubin do Centro Interdisciplinar em Herzliya sustenta que as forças armadas da Turquia já não defendem a república secular e já não podem intervir quando o governo se tornar islâmico.

Dois dias depois, 13 de Outubro, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria Walid al-Moallem anunciou que forças turcas e sírias acabaram «de realizar manobras perto de Ancara.»



Dez ministros turcos, liderados por Davutoglu, juntaram-se aos seus colegas sírios em 13 de outubro sob os auspícios do recém estabelecido «Conselho de Cooperação Estratégica de Alto Nível Turquia-Síria». Os ministros anunciaram terem assinado cerca de 40 acordos a serem implantados no prazo de 10 dias; que «será realizado um exercício militar terrestre maior e mais abrangente» do que o primeiro ocorrido em Abril e que os líderes dos dois países assinarão um acordo estratégico em Novembro.

Entretanto, círculos oficiais no Ocidente parecem praticamente alheios a esta monumental mudança na lealdade turca ou de suas implicações.

O preço pelos seus erros logo ficarão evidentes.

ANTES DA POSSE

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE

(Basta ler o mesmo texto DE BAIXO PARA CIMA )

Católicos latinos e europeus oferecem alternativa cristã para o Halloween

O jornal espanhol La Razón recolheu no dia de ontem as iniciativas que na Espanha, França e Chile permitem à comunidade católica ter uma alternativa "para testemunhar a fé e esperança cristãs ante a morte na véspera da festa de Todos os Santos".

Segundo o jornal europeu, "a festa do Halloween não é tão inocente como disfarçar-se de bruxa e levar abóboras iluminadas com inquietantes forma de rostos" embora essa seja a ideia que "vendem" as casas comerciais com "estantes de seus estabelecimentos repletas de trajes de zumbis, vampiros, fantasmas, druidas, esqueletos, diabos e até seres extraterrestres".

O Padre Joan María Canals, da Comissão Episcopal de liturgia da Conferência Episcopal Espanhola, explicou ao jornal que o problema do Halloween é "que tem um fundo de ocultismo e de anti-cristianismo" e por isso se pede os pais para "serem conscientes e retomar o sentido de festa para o bem e a beleza, em vez do terror, do medo e da própria morte".

Na diocese espanhola de Alcalá de Henares, a Comunidade Emmanuel realizará uma vigília este sábado a partir das dez da noite. "Música, adoração eucarística e dança em 'chave cristã' tratarão de encher a Praça das Santas crianças e a catedral da diocese madrilenha".

"Em Paris nasceu a iniciativa do Holywins, que joga com as palavras 'holy' (santo) e 'wins' («ganhar»). Algo assim como 'o santo ganha'. A própria arquidiocese organiza há vários anos a campanha, à qual acodem milhares de crianças e jovens todos os 31 de outubro.

"Nada de monstros, fantasmas e bruxas: todos os disfarces que levam as crianças e jovens são de anjos, princesas e até de Santos", adiciona e entrevista a uma comerciante que reconhece como mudou a demanda "nos últimos dez anos. Antes, os clientes só pediam trajes de terror. Agora levam de damas antigas, rainhas, cinderelas e anjos".

"O objectivo desta festa é trocar a morte e a escuridão pela vida; o terror e o medo pela alegria, e a violência pela paz", adiciona.

Halloween

Halloween provém da frase em inglês "All hallow's eve", que significa "véspera de todos os Santos" e é um costume que celebra aos mortos, as bruxas e os fantasmas.

Esta celebração pagã começou com os celtas que acreditavam que a alma, depois de sua morte, emigrava a outro corpo e na noite de 31 de Outubro, voltava para seu corpo original para exigir alimento aos seus parentes ou moradores.

Quando o povo celta se converteu ao cristianismo, alguns continuaram celebrando a morte em 31 de Outubro. Os imigrantes irlandeses levaram o costume aos Estados Unidos onde acrescentaram a crença em bruxas, duendes, vampiros e monstros.

Como tal, Halloween prejudica o sentido da festividade católica de Todos os Santos, ridiculariza a morte e a celebra sem o horizonte da ressurreição.

Em alguns países, alheios à tradição anglo-saxã, o Halloween converteu-se numa festa de consumo que às vezes foge do controle. Muitas crianças saem às ruas pedindo doces com a ameaça de danificar casas e propriedades alheias; e recebem a mensagem de que para divertir-se podem usar disfarces de seres relacionados com o mal e o ocultismo.